CAP 28 ...Tempo...

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-Bom dia mãe! -falei chegando à cozinha.

-Bom dia meu filho, a Norma passou aqui cedo e deixou isso. -Me entregou um envelope meio gordo.

-O que é?

-Sei lá, só sei que seu nome está nele. -disse.

-Ah uma amiga falou que me enviaria, lembrei. -Respondi colocando-o embaixo do braço.

-Hoje não vai à igreja?

-Já está quase na hora né... E você não tinha que ir trabalhar?

-Eu tenho uma reunião no trabalho daqui a... Agora!! Eu tô atrasada, tchau filho até mais tarde.

-Tchau mãe. -falei me sentando.

-Outra coisa, tira já aquela adaga da sua gaveta, quase me cortei ontem quando fui guardar suas roupas. -disse ela saindo pela porta.

-Tá bom mãe... A adaga, nem lembrava dela. -falei comigo mesmo.

"Algo estranho estava prestes a conhecer, comecei a pressentir, fui ao meu quarto direto na gaveta e quando a abri minhas vistas se escureceram, uma dor forte atingiu minha cabeça quando toquei a adaga, palavras vieram em minha direção e adentraram minha mente quase a entoar um canto...

'-Du bist es! Du bist es! Du bist es!'

E tudo se escureceu mais ainda... Senti meu corpo tocar o piso gelado e apaguei.

Acordei ali mesmo ao lado da gaveta, me levantei, peguei a adaga e a guardei dentro de uma caixa em cima do guarda roupa...

 

-Espera! Onde estão meus sentimentos? -falei arregalando os olhos.

 

"-O silêncio reinava no apartamento, estava outra vez sem meu sentimento, o que eu faria agora? "

-Não, isso só pode ser brincadeira, espera, voltei... Sumiu de novo! O que está acontecendo com meus sentimentos? Está tudo indo e voltando... Aiiii... Para. -Com as mãos na cabeça eu parei vendo meus sentimentos oscilando, indo e vindo.

"Era estranho, nunca havia acontecido algo assim, tudo estava vago, eu entrei em um chat com a tia Evelyn para lhe contar sobre o acontecido e ela na mesma hora me disse que nunca havia visto acontecer ou tinha acontecido algo igual... Nesse meio tempo abri também o envelope, havia alguns objetos e uma pequena carta escrita pela Alessandra, também contei sobre ela a Tia Evelyn..."

CARTA.:

"-Oi! Eu te desejo sorte, te deixo esse ramo de planta que consideramos um amuleto natural da sorte, tentarei lhe ajudar, estou criando um feitiço para sua pessoa... Eu disse que acharia sua casa! Abraços...

-Alessandra. "

(...Dias depois...)

Raberg - Séculos de Desumanização.Onde histórias criam vida. Descubra agora