Prólogo

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Eu estava apenas de toalha na frente do meu pequeno armário escolhendo um pijama confortável quando ele abriu a porta com violência me assustando.

Ele não havia dito uma palavra, apenas ficou parado me olhando.

Tentei me cobrir mais com a toalha devido aos olhares nem um pouco discretos sobre meu corpo mas de alguma forma aquilo não adiantou de nada.

Ele entrou no quarto em passos lentos e empurrou a porta me dando um leve susto ao ouvir o barulho que ela tinha feito quando havia fechado com brutalidade.

— Amber, sente-se aqui. — ele disse e se sentou na beirada da minha cama. Fui caminhando devagar em sua direção e me sentei ao seu lado. — Quem era o menino com quem você estava hoje?— Ele apoiou os braços nos joelhos e ficou com a cabeça abaixada.

O cheiro forte de álcool e cigarro entravam em meu nariz denunciando o seu estado de embriaguez.

— Que menino? — perguntei mesmo sabendo exatamente de quem ele estava falando.

— Você sabe de quem eu estou falando. — disse e virou a cabeça me olhando com tanta frieza que o ritmo dos meus batimentos cardíacos não eram mais o mesmo.

— O Jason?

— Ele é seu namorado? — arregalei os olhos diante da sua pergunta.

— Não — coloquei um mecha de cabelo atras da orelha e sorri levemente ao me lembrar dele— Ele é apenas um amigo. — Infelizmente.

— Só se for para você. — disse ríspido e eu franzi o cenho.

— O que você quer dizer com isso? — ele ergueu a coluna e tirou o cabelo que antes estava no meu pescoço deixando-o cair livremente pelas minhas costas parcialmente nuas.

— Eu sei como os meninos se sentem em relação a você Amber. — ele aproximou mais o seu corpo do meu — Você é tão linda, eu sinto tanto orgulho de você.

— Obrigada. — sorri levemente.

— Sortudo é o homem que vai poder te tocar da forma mais íntima, do jeitinho que você merece.

— Como assim?

Suas mãos escorregaram pela minha coxa.

— O-O que você está fazendo? — tentei me afastar sentindo o desespero crescer dentro de mim.

Um nó se formou na minha garganta e eu ja não estava entendendo mais nada do que estava acontecendo ali.

— Te mostrando como você deve ser tocada.

Seus lábios se aproximaram do meu pescoço depositando beijos lentos porém violentos no local.

— Pare, por favor. — implorei me segurando para não soltar um grito de desespero. Eu tinha total consciência de que se eu fizesse algo de errado essa situação poderia tomar um rumo drástico, não só pra mim como para a minha mãe também.

— Relaxe, meu amor, eu estou apenas te mostrando como um homem de verdade deve te tratar.

— Pare! — me levantei o afastando rapidamente o que foi em vão pois ele se aproximou tão rápido quanto, me encurralando na parede — Não toque em mim. — não conseguia mais segurar as lágrimas que agora rolavam livremente pelo meu rosto.

Pânico.

Era isso que eu sentia naquele momento, ao mesmo tempo em que meu corpo estava travado eu sentia necessidade de sair correndo dali, de pedir ajudar, de ter os braços da minha mãe em minha volta me confortando e me dando a certeza de que tudo ficaria bem.

The PaybackOnde histórias criam vida. Descubra agora