RAFAEL

1.2K 96 5
                                    


Esse dia não acaba nunca!

Olhei para o relógio na tela no meu note, pela milésima vez hoje. Não via a hora de chegar em casa e me perder na minha mulher!

Minha Eve era meu céu, meu lar. A vida ficava melhor quando ela estava ao meu lado. Amanhã a traria junto comigo para o escritório. Estava decidido.

Peguei o telefone para ligar para casa, a fim de saber como ela estava, quando Cristina entrou e foi guardar uma pasta no arquivo. Coloquei o telefone no lugar e fiquei observando.

Ela era uma morena, de cabelos compridos e hoje estava usando um vestido que acentuava suas curvas. Quando ela se abaixou para guardar a pasta na gaveta de baixo, o tecido do vestido se grudou à sua pele, delineando a calcinha enfiada em sua bun.da por baixo. Meu pa.u se agitou, com a visão.

Eu sou um safado.

Amo minha mulher, mas não resisto a um rabo de saia. E que rabo!

O fato de eu ser um amante das mulheres, não muda em nada o amor e a devoção que tenho pela minha Eve. Posso pegar uma, duas ou mais mulheres, mas sempre volto para a minha mulher. Ela é meu porto seguro e sabe disso.

Para meu alívio, logo após guardar a pasta, ela saiu, silenciosamente.

Fui pegar o telefone novamente e ele tocou.

Car.alho!

Atendi, meio de mau humor e a ligação acabou se estendendo por um bom tempo, pois se tratava de um cliente em potencial para a Architecture & Construction, meu segundo amor, a empresa a qual dei meu sangue para que chegasse onde estava hoje. Quando desliguei, com a certeza de mais uma conta ganha, já estava na hora de ir embora.

Desliguei tudo, peguei um projeto que teria que dar uma olhada mais tarde, a chave do carro e fui para casa.

Creio que passei por alguns faróis vermelhos e não prestei atenção à velocidade e logo estava abrindo a porta do meu apartamento. Mal entrei e escutei Eve dando gritinhos de alegria. Fui até o quarto e a encontrei pulando na cama, com o celular na mão.

Ri da minha espoletinha.

Adorava vê-la assim, feliz e pulando como criança. Mas, ao mesmo tempo o ciúme me corroeu por dentro. Gostava de vê-la feliz, mas somente quando eu estava envolvido de algum jeito.

― Ei, Baby, cheguei!

― A Carine está vindo! Chega amanhã as três e tanto da tarde! Que legal! ― Se atirou em meus braços e quase caímos os dois no chão.

― Aqui em casa?!? ― Quase engasguei com a notícia.

Carine era a melhor amiga dela, uma morena cheinha, de longos cabelos castanhos.

Car.alho dos infernos!

Só Deus sabe o quanto me segurei em nosso casamento para não agarrar aquela mulher.

Se minha Eve era meu céu, Carine era meu inferno!

Meu desejo proibido. Por.ra!

― Sim, não é demais? Tô doida de saudades dela! ― Eve me encheu de beijos e caímos na cama, o assunto Carine esquecido por hora.


IRRACIONALOnde histórias criam vida. Descubra agora