Carine

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A preocupação de Rafael com Eve me deixou um pouco mais sossegada. Ela estava reclamando de solidão, mas ele era muito presente em sua vida. Agora estávamos jantando, e Rafael enchia meu copo de vinho. Eu bebia e, quando olhava, lá estava o copo cheio, outra vez. Ele estava feliz por não ser nada demais com Eve, parecia até aliviado. Continuava me olhando com um jeito diferente e sempre que meu olhar traidor caia para seu zíper, lá estava sua ere.ção me atraindo como um ímã.

Foi um jantar delicioso, até ele acabou entrando nas brincadeiras, o clima ficou bem gostoso entre nós três e me senti realmente à vontade perto dele.

― Bem, acho que vocês duas exageraram no vinho hoje ― Rafael brincou, um pouco mais tarde, e nós duas rimos com vontade.

― Você tem razão, amor ― disse Eve, bocejando e disfarçando com a mão à frente da boca.

Não podia ser pelo vinho, pois Rafael não deixou que ela bebesse mais que meia taça.

― Verdade. Estou morrendo de sono e não sou acostumada a beber nada. Vou me deitar. Boa noite ― dei um beijinho em cada um e, meio tonta, mas tentando manter a dignidade, fui para meu quarto.

Usei o banheiro, tomei uma ducha para ver se passava a bobeira induzida pelo álcool, escovei os dentes, cacei minha camisola na mala e deixei que a seda deslizasse pelo meu corpo.

Puxei o lençol e me deitei naquela cama deliciosa e macia.

Estava tão feliz ali com eles... Mal acabei de formular o pensamento, caí no sono profundo.

IRRACIONALOnde histórias criam vida. Descubra agora