CAPÍTULO 3

295 64 310
                                    

 

  Todos se reunem no alojamento, sem saber o que fazer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Todos se reunem no alojamento, sem saber o que fazer. Pensavam que apenas ficariam expostos a um ambiente hostil, fora da monotonia, da correria da cidade grande. Investiram muito para estarem onde estão agora, mas não sabiam que as coisas ficariam como estão. Aprenderam a estudar a mente das pessoas, mas será que conseguirão lidar com as suas próprias? O envelope com os documentos está sujo de sangue, mas  o sangue está  seco. Mas se essa base militar já está abandonada por décadas por que o cadáver está em tão bom estado?  Foram perguntas que eles estavam fazendo uns para os outros. Já é noite, colocam o documento sobre uma mesa, não entendem muito bem o que estava escrito. Fórmulas complexas, estava tudo em francês. São jovens inteligentes mas não tinham grande noção desse idioma. Não saber ler bem, e muito menos conhecer as formulas, difícil saber o que está nos papéis. Uma carta em um envelope azul marinho com folhas desenhadas, um belo envelope diga-se de passagem.

     Em um português confuso estava escrito. 

12/09
Não sei porque estou aqui neste lugar. Estou assustado. Os soldados estão tentando fugir discretamente, mas foram descobertos. Um conseguiu sair pelo rio, ouvi boatos que depois fecharam com cercas a saída do rio. Nada passa por Ali apenas água. Estou dentro da minha sala agora. Houve uma queda na energia e a porta automática não funciona meu cartão está na gaveta desisti de usá-lo. Será que meus companheiros estão presos em suas salas também? Fui até o galpão ontem deixei minha mochila. Acho que estou doente a radiação do experimento parece que me afetou de alguma forma. As vezes perco os sentidos. Quando sair vou fazer um bom exame médico.

28/09
Minha cabeça está doendo, meu corpo cansado não sei o que vou fazer, estou com sede, com fome, quero a morte nesse momento mas ela não vem.

10/10
Porque não morro, já estou a quase um mês dentro dessa sala. Me deixaram aqui. Mas as dores que sinto são insuportáveis, minha pele parece estar prestes a se decompor, meus olhos querem fechar mas até para piscar a dor é horrível.

12/10
Espero que algum dia alguém encontre essa carta. Nesse momento a Letra começa a ficar ilegível e passam a ter dificuldade para lerHoje pelo visto será meu último suspiro. Meus dedos estão duros, quebrei cada um deles para continuar escrevendo. Não sinto mas dor. Nem me levantar dessa cadeira consigo. Deixo essa mensagem para quem encontrar essa carta. Não fique nesse lugar. Se possível vá para o mais longe, corra."

     Todos começam a falar ao mesmo tempo e o clima dentro do alojamento fica quente. Eles ficam nervosos por alguns minutos mas depois todos  se acalmam. Já está tarde, o que eles iriam fazer uma hora dessas. Depois de lerem a carta não iriam arriscar sair do alojamento.

     As meninas vão para o quarto improvisado colocam o criado mudo na porta como fizeram na noite passada, preocupadas com as coisas que estavam acontecendo permaneceram em silêncio, deitaram rolaram de um lado e para o outro mas logo dormiram.

    Na madrugada ouvem um barulho na porta e acordam.
Raquel diz. —Esses meninos não tem o que fazer uma hora dessas.

     —São uns inconvenientes. — Brenda Responde com uma voz sonolenta.

     As duas falam em voz alta. —Vão dormir!

Batem com mais força na porta, elas acham estranho. Um minuto depois elas levantam, e abrem a porta e sentem um cheiro ruim como o cheiro do corredor do segundo andar. Chamam os meninos e eles abrem imediatamente. Começam a falar sobre o cheiro ruim que exalava no corredor do segundo andar que agora está entranhado perto do alojamento. Começam a dizer que pode ser por causa da porta do segundo andar que ficou meio aberta e o cadáver está lá. O local é fechado por isso o cheiro no corredor do terceiro andar. Do nada Alesson que é um daqueles caras que dizem ser corajoso, tipo desbravador gosta de uma ação e de uma aventura chama seu grupo para ir até a central da base para ver se está tudo em ordem. Michael e Allan saem junto com ele enquanto os outros ficam no alojamento. Alguém bateu na porta, se não foi os meninos quem bateu na porta das meninas?  Essa é a pergunta que estão se fazendo enquanto o grupo três desceu para o salão central.

     No corredor desce o grupo três com lanternas. Allan está com uma faca na mão por garantia, passam pelos corredores correndo e prendendo a respiração. Quando chegam na escada para o salão principal Michael escorrega e rola da escada dando um grito.

—Você está Bem? — Pergunta Alesson.

    —Sim! Parece que foi só um susto. — Responde Michael na escuridão.

    — Que bom. — Diz Alesson aliviado.

     Alesson e Allan ajudam Michael a se levantar. E percebem que o sapato de Michael está sujo de sangue e colocam a lanterna na direção do chão e aparece um rastro que parece ser do sangue que Michael escorregou, eles seguem o rastro e quando sobem a luz da lanterna  está alí, bem em sua frente um homem de pé com as roupas sujas de sangue.

     —Oi? — Diz Michael.

     Lentamente os três vão se aproximando do homem e ele bate forte com a cabeça na parede. Eles se afastam e lentamente o homem se vira. Não há  reação de nenhum deles quando no memento em que perceberam que o homem era o mesmo que estava sentado na cadeira. Com o coração acelerado Allan que está com a faca na mão percebe a aproximação do cadáver e corta o pescoço do homem com a faca e o sangue grosso escorre pela roupa, mas ele continua caminhando na direção dos três abrindo a boca que agora está lavada de sangue. Michael esbarra em um cano de ferro que está no chão ele o pega e bate com força na cabeça do cadáver e um buraco se  abre fazendo com que seus miolos se espalham enquanto seu corpo cai.

     Com a adrenalina do momento correndo por suas veias não tinham parado para pensar no que tinha acabado de acontecer. Sobem as escadas correndo e batem na porta do alojamento desesperadamente. Os outros abrem a porta sem entender o que está acontecendo.
Michael começa a gritar. — O CADÁVER ESTAVA DE PÉ! ESTAVA DE PÉ DE PÉ!

     Nesse momento se ouve o alarme mais uma vez. As luzes amarelas  ficam verdes e as outras se acendem clareando o lugar que antes era iluminado por pequenas lâmpadas, as mesmas que agora estão verdes.

 As luzes amarelas  ficam verdes e as outras se acendem clareando o lugar que antes era iluminado por pequenas lâmpadas, as mesmas que agora estão verdes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Terror Na BaseOnde histórias criam vida. Descubra agora