Terror Na Base

CAPÍTULO 18

Em um dos primeiros quartos de máquina onde estão as alavancas existe um chuveiro, eles estão sujos e precisam de um banho. As meninas se direcionam ao quarto enquanto os meninos dão cobertura atirando nos mortos que estão no caminho. Elas abrem e porta, entram e logo fecham.
Começam a conversar entre si.

- Estou começando a me preocupar com as coisas por aqui, não sei se continuaremos vivos por muito tempo. - Diz Marta com um tom tenso.

- Marta nos chegamos até aqui, e sei que sairemos todos. - Diz Raquel com um ar de confiança.

- As vezes me sinto fraca. Talvez eu tenha uma parcela de culpa nisso tudo. - Fala Marta.

- Se culpa por nós ou pelo o que aconteceu aqui? - Pergunta Brenda.

- Pelos dois. Por ter trabalhado aqui, isso já me responsabiliza. E por vocês estarem aqui também. - Diz Marta ao tirar sua blusa.

- Não se culpe por isso. Primeiro, você não sabia de nada, segundo. - Raquel pausa suas palavras. -Nós que decidimos nos arriscar, Bill apenas encontrou a oportunidade de conseguir voltar aqui.

- Não se culpe por nada. Lembre-se que você tem um filho para criar e ele está vendo em você a força para continuar vivo, então não desaponte ele. - Diz Brenda com um tom de voz elevado.

- Vocês tem toda razão. - Diz Marta que já está completamente nua indo em direção ao chuveiro.

O silêncio toma conta do ambiente, Brenda e Raquel espera Marta terminar seu banho para que uma das duas entre. -Ei. - Diz Raquel quebrando o silêncio.

- Fale Raquel. - Diz Brenda.

- Estava aqui pensando. Será que de fato Marta não sabe de nada que aconteceu aqui? -Pergunta Raquel em um tom baixo.

- Não confio nela, mas, não podemos julgar ninguém. - Fala Brenda.

Marta sai do chuveiro mancando e elas apenas observam, não querem que Marta perceba a desconfiança e logo começam a falar coisas sem noção para disfarçar. Todas elas tomam banho e se deitam por ali mesmo, o que estará esperando por todos eles, será uma nova e mais sombria parte da grande base militar onde eles estão.

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As meninas acordam com um barulho forte na porta e em seguida uma voz dizendo que já está na hora de irem. Elas levantam sonolentas e abrem a porta vendo Silva lá parado com um sorriso no rosto, logo Brenda diz - Me explica o motivo do sorriso seu idiota. - Fala ela com uma cara brava.

- Já estamos prontos para ir ao poço. - Diz ele apressando as três.

- Relaxa aí que acabamos de acordar. - Fala ela ao dar um soco em seu peito.

Elas saem e olham em volta vários cadáveres jogados no chão, o cheiro putrife toma conta de tudo, mas já estão há tanto tempo sentindo esse mesmo cheiro que não faz a menor diferença, nem o fato de várias pessoas mortas ao redor estava os afetando.
Estão todos juntos na frente do último quarto, estavam ajeitando as últimas coisas para partirem, mas algo estava faltando, munições.

- Teremos que dar uma passada no galpão de armas, nossas munições estão no fim e não sabemos o que nos espera lá. - Diz Alesson.

- Todos concordam em antes irmos ao galpão de armas? - Pergunta Rick.

Todos acenam com a cabeça concordando, o caminho para o poço era o mesmo do galpão de armas, eles não iriam se arriscar em passar pela frente da base militar, muitos mortos estavam aglomerados lá, não seria prudente.

Eles saem todos juntos rumo ao galpão de armas. No caminho Eles veem alguns mortos, nada que os deixassem preocupados, o céu está nublado e parecia que iria chover logo logo, aceleram o passo para evitarem a chuva. Passando-se alguns minutos eles chegam até o galpão de armas, o único problema e que não estão com o cartão para abrirem a porta. Michael que já estava cheio da situação pega sua arma e começa a atirar loucamente na direção do leitor no canto da parede, a luz que indicava o desbloqueio da porta fica verde e logo Michael abre a porta, mas não esperava pelo que estava lá dentro. Um cadáver sai e se joga sobre ele e ele cai, os outros no momento ficam sem reação, não era algo que estavam esperando e quando se dão conta viram um poça de sangue se formando no chão ao redor de Michael, ele estava agonizando, eram gritos de desespero misturados a gritos de dor, e ao ver que Michael estava ferido todos se desesperam, Douglas tira o cadáver de cima de Michael e com sua faca de caça passa pela cabeça do cadáver fazendo com que ele fique sem reação alguma, ele cai e os miolos dele estão espalhados pelo chão. Ao se virar, Douglas percebe que todos estão ao redor de Michael, ele chega e vê seu amigo jogado no chão todo ensanguentado, Raquel e Brenda estão desesperadas e os outros tentam se conter mas em seus olhos e possível ver a dor, parece que acabaram de perder um de seus amigos, eles estavam presenciando agora os dois maiores medos de suas vidas, a morte e a perda de um amigo, e isso fez com que todos por um momento perdessem o chão e esquecessem de onde estavam.

Michael começa a se mexer e abre os olhos, o estranho é que seu olhar estava distante, ele se levanta lentamente e fica parado, ele se transformou em um ser sem vida, apenas com sede de sangue e fome de carne humana, quem agora teria a coragem de atirar em Michael mesmo não sendo ele ali, apenas seu corpo sendo controlado pelo que nem eles sabiam o que era. Brenda abaixa a cabeça aponta sua arma na direção do que antes era seu amigo e atira, logo depois ela abraça Raquel que está ao seu lado. Marta comovida com o que aconteceu tenta dizer algo.

- Sei que não conheço vocês a muito tempo, mais o pouco tempo que já passei com vocês, percebi que todos aqui fazem uns pelos outros o que for possível, vocês estenderam a mão para mim e para meu filho sem nem saber quem éramos e por isso sou grata. A morte é uma etapa e sei que se seu amigo está morto é pelo simples fato de que teria que acontecer, não podemos ter o controle de nossas vidas, considere ele como um herói que morreu por uma causa, que era sair desse lugar com vida, não terão mas Michael aqui com vocês no físico, mas a lembrança dele estará dentro de vocês para sempre. E saibam que a morte pode estar esperando por qualquer um de nós, o lugar onde estamos já nos deixa a mercê dela. - Termina Marta ao segurar forte a mão de Will.