Capítulo 3

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   Minha avó sempre me dizia que se eu varresse meu pé eu não iria casar. Eu nunca fui muito de acreditar em superstições, porém eu estava ciente de que não iria ser fácil me casar, ainda mais pelo ocorrido de segunda feira a noite.
  Fiz minha rotina, as seis horas ia para pegar o ônibus que me deixava na porta do curso. Estava realmente animado, passei o final de semana todo pensando naquele beijo, e eu havia descido que iria ficar mais vezes com aquele garoto.
   Meu fone de ouvido estava no máximo, eu me sentia "arrasante". (Acabei de inventar um termo para pessoas que se sentem extraordinariamente poderosas). Tocava Formation . Tente imaginar, eu entrando na escola com minha mochila, um pé na frente do outro, o corredor de entrada era minha passarela. Todos voltariam seus olhares para mim. Eu havia usado metade do meu vidro de perfume, minha calça jeans branca marcava os músculos da minha perna e a camiseta que eu usava deixava meu rosto mais destacado... É nem tanto.
  Gostaria de acreditar que tudo havia ocorrido assim, porém aconteceu mais ou menos desse jeito:
  Tocava Formation, uma multidão de pessoas estava na porta da escola, o corredor aparentava ter quilômetros de distância, minha timidez me fez querer morrer naquela hora.
    Para melhorar ainda mais, levei um tropeção no meio do corredor. Todos olharam para mim. E os risos logo ecoaram pelo espaço e um ardor tomou conta do meu rosto.
  Nada poderia piorar, a não ser aquela cena. O boy que havia me beijado sexta, havia entrado no banheiro com outro rapaz.
Tudo ficou meio desfocado, não faço ideia até hoje de como eu consegui chegar naquela sala sem ter caído no chão novamente.
  Eu ficava no segundo andar, e para meu desespero Camila não havia ido aquele dia. Eu estava sozinho, não tinha amigos na turma pelo simples fato de ser a pessoa mais tímida que alguém poderia conhecer.
    Eu odiava ser tímido, eu odiava gostar daquele garoto, ainda mais depois da cena lá em baixo.
Debrucei-me sobre a carteira e me derramei em lágrimas, tudo estava acabado.
Sinto meu celular vibrar em meu bolso, era minha mãe:
- Oi mãe! - tentei me recompor.
- Por que você mentiu para mim? - disse ela ríspida.
- Como assim mentir? Eu não tinha e nem tenho motivos para isso. - disse eu saindo da sala.
- Ah é? Então porque não me disse que a Camila não estava indo mais ao curso? Você está aí por causa de quem ein? - perguntou nervosa.
- Saiu? Sexta ela veio! Fui embora com ela.
- Ah então como ela me disse que faz uma semana que ela não vai?
- É o que? Mãe eu não estou menti...
   A chamada encerrou antes que eu pudesse terminar de terminar minha explicação. Havia algo de errado, será que Camila mentiu para minha mãe para me ferrar? - pensei.
Parecia que cada vez mais a tristeza e a angústia me consumia, as lágrima não cessaram, nada se encaixava e tudo parecia ser um pesadelo sem fim.
  O nó instalado na minha garganta dificultava minha respiração, me faltava ar, me faltava esperança de que tudo iria se resolver.
( Fato: até esse momento minha mãe não sabia que eu era gay, eu estava totalmente confuso e o medo me fazia reprimir meus sentimentos).
Tudo era muito sinuoso, mas eu não poderia me deixar levar, eu era forte e tinha a esperança de que tudo iria ficar bem.

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Oiii!! Gente! Que triste, coitado do Henry :'(
Super sadness.
Eu espero que estejam gostando desse novo livro ele é bem diferente do que eu tenho de feito ultimamente (nada).... porém estou muito feliz por ele existir e vocês também!
Bjks littles até o próximo capítulo!

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