Capítulo 10

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  Sabe aquele momento em que você não sabe o que fazer ou como reagir? Quando tudo parece que desmoronou  na sua frente e a alegria se tornou uma tristeza.
  Na minha cabeça, tudo dizia para não acreditar, que era um pesadelo e que pela manhã eu acordaria em susto gritando é minha mãe entraria no quarto para saber que houve. Mas aquilo não era um sonho...
  - Garoto? - disse a velha. - Quer que eu chame alguém para te levar para o hospital? Você está pálido!
  A voz daquele senhora ecoou por minha cabeça, ela estava longe, longe. Meu único pensamento era com tudo havia acontecido...
  Eu tentei voltar para casa, ainda cambaleando, como se tivesse bebido toda a madrugada e estivesse voltando para meu lar. Quem dera fosse apenas isso. Eu tentava digerir toda informação que aquela senhora havia me contado. Tentando criar um nexo ou qualquer coisa do tipo.
   Ao longe ouço minha mãe gritar:
  - Filho! - diz ela correndo em minha direção na rua.
  Cai ali mesmo na calçada, entre uma árvore que me serviu de apoio para tomar forças de tentar pelo menos chegar. Meu olhos são tomados por uma quantidade frenética de lágrimas que por mais que eu quisesse interromper aquilo não pararia.
  - Eu vi agora a reportagem na televisão... - diz ela apoiando o braço em mim.
   Até agora vocês deve estar imaginando o porquê de tanto drama. Bom, conheço Camila desde o jardim de infância. Quando nos conhecemos foi algo meio estranho, eu era novo na turma e não conhecia ninguém da turma, como disse sempre fui uma pessoa muito quieta e tímida, diferente de Camila que gostava de brincar e fazer bagunça. Naquele tempo eu precisava me desenvolver para que num futuro próximo eu não me tornasse uma pessoa anti social.
  - Ei, garoto. - aquela voz fanha logo me fez desvencilhar-me de meus devaneios pensantes. - Você quer ir brincar com a gente?
   Era uma pergunta irrecusável, eu queria amigos e queria me enturmar  com o pessoal, não tinha nada à perder, aceitei na hora e por mais esquisito que aquilo fosse, um garoto e uma garota correndo feito loucos no hospício ( como se lá fosse da maneira que eu descrevi agora, mas vocês me entenderem).
   Logo, começaram os insultos. Diziam que éramos namorados e que breve iríamos nos casar e ter muitos filhos, aquela coisa de criança travessa, super natural. À quem diga que Camila não era uma garota provida de muita beleza, era realmente uma moleca, vivia trepada em árvores, encardida de barro, descabelada e sorridente. Então, não era de muito status te-la como minha namorada, por isso tentavam me encher com essa ladainha.
   Mas o tempo passou, e Camila foi passando a se arrumar, à colocar umas roupas mais de princesa e tudo o que incluía o ramo. E com isso nossa amizade foi aumentando cada vez mais, a intimidade se tornou tão grande que nem nos importava mais os insultos. E Camila e eu, contávamos nossas peripécias, com quem ela havia dado seu primeiro beijo e até quando tive que ajudá-la com aquela coisinha que toda mulher passa uma vez ao mês.
  Nossa intimidade foi tão grande que em algum momento em minha vida me peguei apaixonado por ela, e dei meu primeiro beijo. Nada contra a boca dela, mas foi uma coisa tão esquisita e *Eca* que eu descobri que era Gay. Simples.
   - Mãe? Diz que isso é mentira que ela não desapareceu... - digo entre soluços.
  - Filho? - minha mãe me abraça forte, como se quisesse me poupar de tanto sofrimento, mas ela sabia que não podia tanto, sabia também o quanto Camila significava para mim.
   Eu só queria encontrà-la, quem quer que tenha feito isso, iria pagar muito caro. E eu estava disposto a me arriscar e ir mais a fundo nisso tudo. Eu iria encontrar Camila, viva. Eram as únicas coisas que eu conseguia pensar. Nada tiraria aquilo da minha cabeça.

  ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
 
   Oi gente!
  Ain, eu não estou sendo mal em fazer isso estou? Corta meu coração ver o Henry desse jeito...coitado...
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   Bjs do Dad!
 
 

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⏰ Última atualização: Mar 03, 2018 ⏰

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