5º capitulo

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Fiquei pálida e atrapalhada. Dinis recompôs a camisola e levantou-se, eu fiz o mesmo. O olhar da minha mãe era impenetrável.

- Mãe, eu..

- Filha, calma. – Disse ela, olhei para Dinis, ele estava muito vermelho.

- Eu vou ir tomar um duche. – Disse ele indo para a casa de banho.

A minha mãe olhou para mim e sentou-se no sofá e eu ao lado dela.

- Mãe, eu …. – Tentei novamente mas ela interrompeu-me.

- Primeiro, não estou chocada isto é normal. – Disse ela muito calma. – Segundo, quero que tenham cuidado aonde fazem… bem… isso. – Disse um pouco atrapalhada. – Terceiro, não tens que ficar assim, alem de eu ser tua mãe sou tua amiga. Sabes que podes confiar em mim.

- Eu sei mãe, mas eu preciso de pedir desculpas por isto. – Disse.

- Não faz mal nenhum. – Ele riu-se. – eu também já fui como vocês. Mas filha temos que falar.

- Eu já sei. – Disse. – Usar sempre protecção blá, blá, blá. Eu sou responsável, e já tive muitas aulas sobre sexualidade na escola.

- Não é sobre isso, filha. – Disse ela. – As ligações amorosas não só servem para encontramos o nosso parceiro, porque algumas vezes a ligações amorosas são quebradas porque não há amor entre as duas pessoas.

- Então se eu não amasse o Dinis a nossa ligação podia ser quebrada?

- Sim, tudo o que sentes por ele é teu só se intensifica com o feitiço de petra. – Explica ela. – Mas quanto ao fazer amor é diferente. Não é só troca de prazer entre dois seres é troca de alma, de energia.

- Como assim?

- Para nos é muito mais intenso que para os humanos. Não só sentimos o prazer carnal, mas como também o prazer espiritual. É como se a tua alma se fundisse na dele e funde mesmo. As vezes acontece de se fundir a tal ponto que consegues ouvir os pensamentos, sentir o que o teu parceiro está a sentir. É ao se fundirem um no outro a trocas de energia, de vitalidade.

- Então se um se ferir através disso pode-se curar? – Perguntei curiosa.

- Sim. – Disse a minha mãe a sorrir. – Cura-se com muita facilidade, mas só caso o parceiro estiver bem. Por isso filha, a tua primeira vez vai ser mais intensa porque não vais estar preparada para a fusão. – Disse ela a olhar para mim com amor. – E como já sabes te proteger e és responsável podes ir dizer ao Dinis que eu já me esqueci disto que se passou aqui. – Disse ela a piscar-me o olho.

- Obrigado mãe. – Disse abraçando-a.

- De nada minha filha. – Disse ela beijando a minha bochecha. – Mas agora vai lá ver o rapaz.

Eu levantei-me e fui até a porta do seu quarto, e bati. E ele abre a porta.

- Ela está muito chateada? – Diz Dinis logo me puxando para dentro. – Ralhou muito contigo?

- Nada disse. Esta tudo bem. Ela ficou na boa, mas para a próxima temos que ter mais cuidado.

- Como assim “ ficou na boa”? – Pergunta ele atónito.

- Ela também já foi jovem. E ela sabe que isto vai acontecer. A minha mãe é muito mente aberta.

- Tenho que me ir desculpar. – Disse ele.

- Não é necessário, eu já pedi e ela diz que já esqueceu esta trapalhada toda, não vamos agitar as águas que já estão calmas.

- Tens razão. – Diz ele. – Mas como é que eu a vou encara agora?

- Com naturalidade como é óbvio. - Sorri-lhe.

- Para ti é fácil dizer, ela é tua mãe. – Bufa ele. Eu desato a rir. – Achou graça a menina, foi? – Disse ele fazendo me cócegas.

- Não, não. – Digo em sofrimento pelas cócegas. – Por favor pára.

- Só se disseres a palavra mágica.

- Obrigada? – Pergunto insegura.

- Não tona. – Diz aumentando a intensidade das cócegas.

- Amo-te. – Digo. E ele pára.

- Eu também. – Diz ele com um sorriso.

- Vamos lá antes que a minha mãe pense coisas.

- Deusa me livre. Vamos lá. – Diz Dinis levantando-se.

A minha mãe preparou lasanha que comprara no supermercado. Para minha felicidade, Dinis não falou mais nada e minha mãe tratava-o normalmente, porque ele apesar de não ter falado nada estava visivelmente constrangido.

Como prometido as 21 horas, Sofia chegara para irmos ao cinema. Fomos há sessão das 22 horas.

- O filme foi fixe. – Disse Sofia.

- O 3D da terá magica é muito melhor. – Disse o Dinis.

- Temos que ir um dia ver um. – Digo. – Juntamos a malta toda e vamos ver.

- Excelente ideia. – Diz Dinis.

Fomos para casa e as luzes da minha casa ainda estavam acesas.

- Que estranho. – Comentei. – Já são meia-noite e a minha mãe deita-se cedo.

- Se calhar esta a vigiar-nos. – Disse Dinis.

- Não ela não faria isso. – Disse logo. – Vamos entrar.

Abri a porta e fiquei em choque com o que vi.

Aura do CrepúsculoOnde histórias criam vida. Descubra agora