capitulo 17

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Não sei onde estava, era tudo muito escuro. Será um pesadelo? Não faço ideia.
Tudo o que vejo a minha volta é escuridão, preto e mais preto. Encolho as pernas e fico agarrada a elas, a espera que a luz venha, que alguém venha. Não me lembro de nada.
Não sei quanto tempo estou aqui, não sinto frio, fome, eu simplesmente não sinto nada. Estranhamente sinto que reconheço este lugar, mas não sei de onde.
 Tento falar, não sai nada.
Quase entro em desespero por causa do silêncio, até que vejo uma pequena bola azul, mesmo a minha frente. Uma bola azul brilhante do tamanho de uma ervilha, começou a crescer lentamente ou talvez não.
Começo a ouvir um ruído de fundo, uma voz suave, doce. é um pequeno sussurro que aos poucos vai aumentando, como a bola de luz azul.
" Triturius acordis" , " triturius acordis" , " tri......
Repetia a doce voz, quando a bola já estava do tamanho de uma bola de basquete.
" Alice? Alice?"
A voz agora chamava-me.
Sim, respondi.
" Alice, concentra-te e repete comigo: triturius acordis"
Não consigo, penso.
" Consegues sim, tu és a Pandora, tu és a próxima poderosa rainha, lembra-te de uma rainha só se exige...."
…a perfeição, completei.
TRITURIUS ACORDIS
Fui sugada pela bola azul, sentia o fogo, o ar, a terra e a água tão vivos. Tentei abrir os olhos que arderam com a luminosidade.
-estas bem? - Pergunta-me a Fada Azul.
- o que se passou? - Pergunto.
- Alice, tu foste traída pela feiticeira aprendiz Sofia. Ela esta a passar-se por ti durante o baile.
- Trair? - Penso um pouco, e logo as memórias recentes vem ao de cima:
". – Alice, tu vais morrer esta noite."
" – Prontos ela pareceu no meio do meu sonho e levou-me para hoje a noite, ela mostrou-me uma cena onde tu estavas a proteger o Dinis mas era a ti que eles queriam atingir."
“ – No lado norte do salão. Eu nunca os vi, mas sei o que são. São vampirinos."
 - Alice? Eu vou tratar dela. Não há lugar para deslealdades no teu reino. – Diz a fada azul.
As lágrimas escorrem-me pela cara.
Alice raciocina, tens que ir salvar a Sofia, o Dinis, todos.
- Eu tenho que pensar num plano. – Digo para comigo.
- Aconselho a decapitação. – Diz a fada azul.
- Ah? Decapitação? – Pergunto perplexas.
- Os traidores não…
- Que traidores fada azul? Os únicos traidores aqui não os estúpidos dos vampirinos que devem estar presteza atacar-nos, e eu aqui a discutir consigo o castigo a dar a minha melhor amiga que estava a tentar protege-me de morrer nas mesmas condições que a Fada a queria matar. – Disparo.
- Ataque de vampirinos?
- Exacto. – Digo.
- E a Sofia estava a passar-se por ti, para te salvar?
- Sim, mas não temos tempo. Tenho que ir salva-la.
- Aonde vai ser isso?
- Atrás do pavilhão do baile. – Digo.
- Alice lembras-te do feitiço de teletransporte?
- Sim. – Sorri.
Agarrei a mão da fada azul e juntas conjuramos o feitiço.
Em questão de nanossegundos estamos atrás de uma árvore.
O que assisto é no mínimo aterrador. É uma batalha pura.
Os vampirinos são criaturas monstruosas, parecem zumbis mas mexem-se como vampiros, elegantes e firmes. São autênticas máquinas de matar. Eu sinto o seu cheiro a metros de distância.
- O que faço? O que faço? – Começo a desesperar.
Reconheço algumas caras. Vejo o Duarte a lutar com três, o Dinis protege-me de cinco, o Gonçalo luta com mais dois e o Tiago e o Zé lutam com mais 3.
- Petra por favor, por favor o que faço agora? Como os ajudo? – Rogo por Petra.
Então ouço a sua bela voz.
“ Só o sol dirá quem é o verdadeiro vencedor”
- “ Só o sol dirá quem é o verdadeiro vencedor”? o que raios isso ajuda? Esta de noite, não há sol? – Desespero-me.
- Alice, concentra-te. Estas palavas têm poder. Conjura-as. – Alerta a Fada azul.
No exacto momento ouço um grito e vejo eu com uma faca encostada a garganta, Dinis de joelhos cercado por vampirinos.
- SÓ O SOL DIRÁ QUEM É O VERDADEIRO VENCEDOR. – Grito.
E o impossível aconteceu, o sol começou a nascer muito rápido.
Ouve-se gritos de dor. Olho para ao batalha e vejo os vampirinos s desfazem-se em pó, cinzas.
Sinto-me tontas e acabo caindo no chão, exausta.
- Estás bem Alice? – Gritou Sofia correndo para mim.
- Tu não tinhas que ter eito o que fizeste. Não tinhas… - diz meio fraca.
- Shiii, esta tudo bem. – Ela diz abraçando-se a mim.
- Estão todos bem? – Ouço a voz de Inês.
- Sim estamos. – Diz Gonçalo.
- O meu irmão? – Ouço Duarte perguntar.
- Dinis? – Chamo. Tento-me levantar.
- Está ali qualquer coisa no chão. – Avista Inês, que com magia o transporta para a sua mão.
Era um papel velho, todo amaçado. Eu peguei e li:
“ Ele está connosco”
                                                                                         

                                                                                                   Fim…

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