10º Capitulo
- Mãe esta a esmagar-me. – Queixo-me do abraço sufocante da minha mãe.
- Fiquei tão aflita por ti, filha. – Diz ela largando-me. – Estás mesmo bem?
- Pela milésima vez estou óptima. – Disse a sorrir.
- Estiveste muito bem minha menina. – Ela diz limpando uma lágrima que tinha no olho direito.
- Foi a fada azul que me ensinou. – Disse a sorrir. E olhei para Dinis e as saudades bateram e fui ter com ele.
Ele abriu os braços para mim e eu abracei-o forte, encostando a minha cabeça ao seu peito. Ele beijou-me o topo da cabeça.
- Bem-vinda a casa. – Sussurra.
- É bom estar de volta. – Sussurro de volta.
Ouço o seu coração a bater em harmonia com o meu, é tão bom estar com ele.
- Com licença mas eu quero saber como foi estes quatro dias. – Diz a minha mãe, nos rimos e sentei-me no sofá de mão dada com Dinis.
- Fui incrível, lá é tudo tão lindo é um outro mundo. – Disse a lembrar-me das plantas, do céu. – E aprendi tanto. Desde feitiços até há história do mundo mágico. – Lembrei-me do monte de livros que li. – A rainha fada azul é maravilhosa, ajudou-me em tudo, dês da postura á linguagem. E conheci fadas encantadoras que me ensinaram a controlar os meus poderes.
- Então já consegues controlar-te? – Perguntou a minha mãe.
Lembro-me como ela estava assustada quando eu me descontrolei.
- Sim já. – Tentei sorrir mas não consegui. Aquilo magoava-me muito, saber que eu assustei a minha mãe e o Dinis. Senti um aperto na minha mão e olhei para Dinis que me sorriu.
- Eu sabia que ias conseguir. – Ele diz.
- Eu peço desculpa aos dois por aquilo há 4 dias atrás. – Digo, olhando para os dois.
- Não tens que pedir desculpa, afinal a rebeca estava morta, ela era ta amiga. – Disse a mãe.
- A tua mãe tem razão, Alice. – Disse o Dinis fazendo-me uma carícia na bochecha. – Eu teria reagido pior.
- Mas mesmo assim sinto-me mal, por me ter passado. – Reafirmo.
- Minha filha passado é passado tu agora estas controlada isso é o que importa. – Disse a mãe a sorrir. – E comer também importa. Vou fazer um crepe de chocolate para vocês.
- Obrigado mãe. – Digo.
Ela vem até mim e dá-me um beijo na testa. – De nada meu sol. – Diz indo para a cozinha.
- A tua mãe ama-te muito. – Diz Dinis.
- Eu sei. – Respondo mesmo sabendo que ele não perguntou, mas sim, afirmou.
- Eu gostava que a minha fosse igual a tua.
Não estava a espera disto. Eu nunca me dei conta que Dinis estivesse triste com a sua família. Apesar de tudo o que li sobre a sua família, nunca me pareceu que houvesse falta de amor. Eu estava tão concentrada no meu mundo que nem vi o mundo da pessoa que vai estar eternamente comigo. Que raio de pessoa sou eu.
Dinis olhava para as nossas mãos dadas. E decidi seguir o meu instinto e abracei-o.
- Tu nunca vais estar sozinho. – Disse aquilo que me veio a cabeça.
- Eu sei. – Ele disse e podia ouvir o seu sorriso. – Eu agora encontrei te.
Pego no seu rosto entre as minhas mãos e olho vem fundo nos seus olhos. – Amo-te mais do que me amo a mim própria, e podes sempre contar comigo.
- E eu daria a minha vida por ti, nunca duvides, e quando tiver preparado serás a primeira a quem contarei. – Vi muita mágoa no seu olhar. Eu nunca tinha reparo naquela mágoa do seu olhar. Eu beijei-o desejando que toda a sua dor fosse embora e que dentro dele só houvesses amor, o nosso amor.
- Meninos, os vossos crepes estão prontos. – Grita a mãe da cozinha. E o cheiro a crepes invadiu-me.
Fomos para a cozinha e degustamos os nossos crepes.
A mãe olha para o meu colar. – Mas que lindo. – Ela diz.
- Foi a fada azul que me deu. – Disse pegando na grande safira. – Se eu precisar dela é só chamar.
- É muito bonito e útil. – Diz Dinis.
- É verdade, o que vocês fizeram na minha ausência? – Perguntei curiosa.
- Tratamos do jardim. – Diz a mãe. – O Dinis tem muito jeito com plantas.
- E arrumamos o sótão. – Disse o Dinis.
- O quê? – Exclamo.
No sótão, estão todo o tipo de coisa, coisas humilhantes, do tipo filmes da primeira vez que usei a sanita ou as fotos de carnaval, onde vou vestida de bruxa, bebé ou até palhaço.
Eles desatam a rir.
- Adorei a parte: “ eu vou voar”. – Dinis ri-se imitando-me na perfeição, num dia em que fui a praia, e cai de cara na areia.
- Mãe. – Disse furiosa. – Eu disse para nunca mostra isso a ninguém.
- Eu tinha que o entreter. E foi tão bom recordar as tuas peripécias de criança.
- Alice, tu eras a criança mais fofa que eu já vi. – Diz o Dinis.
- Não gozes. – Digo meia amuada. – Eu andava sempre constipada e cheia de ranho.
Eles rira-se e eu acabei me juntado a eles.
- A que horas vamos para a escola? – Pergunta Dinis a minha mãe.
- Assim que a Sofia chegar. – Diz.
- Então é agora. – Diz o Dinis e logo a campainha toca.
- Impressionante. – Digo a sorrir.
A minha mãe foi abrir a porta e Sofia apareceu a cozinha e abraço-me quase a chorar.
- Nunca mais me faças uma cena destas. – Ralha-me. – Desapareces sem me dizeres nada? Isso não se faz, mana. Quase tive um ataque quando me disseram que a rebeca morreu e tu passaste-te e foste com uma fada, não sei para onde, durante estes dias todos. – Ela falava sem parar.
- Desculpa So, mas eu precisava mesmo deste tempo.
- Eu sei, amiga, e estás desculpada, mas nunca mais faças isto que eu não aguento. – Diz a rir.
- Eu prometo. – Digo mostrando-lhe o mindinho e ela entrelaçou o dela com o meu.
- Prometido.
Desatamos a rir.
- Está na hora de ir. – Diz a mãe. – Prontos?
- Sim. – Disse o Dinis.
- Claro. – Diz Sofia confiante.
- Podes crer que sim. – Digo a sorrir para a mãe.
- Então muito bem. – Diz ela. Fomos até a sala e o pai da Sofia esta lá de volta da parede. O flash de luz apareceu e a imagem da escola apareceu.
Dinis pegou nas minhas malas e na dele e Sofia nas dela. Olhei para a minha mãe.
- Amo-te. – Disse.
- Eu mais. – Ela retorquiu.
- Obrigado por tudo, Cármen. – Diz Dinis.
- Eu é que agradeço e toma conta do meu sol. – Ela pede ao Dinis.
- Com todo o prazer.
- Prontos? – Pergunto.
- Sim. – Eles respondem.
Respiro findo e grito. – Saltem. – E todos saltamos caindo na escola.
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Aura do Crepúsculo
RomansaAlice é uma jovem comum, normal, pensava ela, mas com o aparecimento de uma estranha doença. Ai, ela descobre que afinal, ela é uma feiticeira. Depois de passar a mudança para feiticeira, Alice foi para o Pentágono, uma escola onde seres de todas as...