O meu maior medo era que ela se fosse. Não conseguia imaginar outra coisa que me assustasse mais do que a ideia de não vê-la assim que acordo, quando precisasse que eu ajudasse em algo, quando me dava uma bronca por ter chegado tarde... Isso mudou. Eu acordo com o despertador chato, preciso me lembrar do que fazer na casa, e ninguém me espera no portão ao voltar da escola.
Juro que parece um pesadelo.
— Hyung? Me desculpa. Às vezes eu sou meio indiscreto, e meio indelicado. — Jisung se aproxima do amigo, lhe dando um meio abraço. — Eu te amo, você não precisa se sentir triste assim. E eu não quero me sentir triste assim como você está se sentindo.Chenle confirma com a cabeça. Não diz nada, e o maior continua.
— Quer comer algo? Acho que a tia deve ter preparado um lanchinho.
— Não estou com fome.
— Mas está com sede. Venha, ela me disse que você tem muita sede. — Ele se levanta. — E aquela sua garrafinha d'água já está vazia.
— Tudo bem, você venceu. — o loiro dá um sorriso pequeno e se levanta, secando o rosto.
Os dois pequenos caminham pela casa em direção à cozinha; antes de chegarem, notam que os pais de Chenle conversavam num tom diferente, que logo foi interrompido pelo volume da conversa sobre Star Wars que Jisung sustentava. Os adultos ofereceram suco e biscoitos, e eles comeram animados. Sung notou que o amigo não tinha um apetite tão bom como antes, mas decidiu não falar nada.
Passaram a tarde toda ali, em conversas e risadas altas.
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i just don't wanna feel those blues [chen+sung]
Fanfictionchenle não consegue respirar por si só, sua doença o priva de uma vida simples. mas jisung não quer sentir a tristeza do garoto, fazendo com que seus dias cinzentos não pareçam tão ruins assim. ◇em homenagem à minha mãezinha, que recentemente virou...