notícias ruins.

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Sempre vai estar em minha memória, mãe. É muito louco pensar que eu não posso virar para você hoje e dizer o quanto te amo, ou que quando começar a trabalhar eu não vou conseguir gastar o meu primeiro salário comprando os presentes que sempre quis para você. Eu gostaria muito de fazer isso.

Você foi o melhor presente que eu pude receber.

- Bom dia, papai.

- Bom dia, meu filho.

Jisung sorria para ele, se aproximando da mesa para tomar o seu café-da-manhã. Pega o pão, mordiscando um pedaço, bebendo um gole de suco ao se sentar.

- Onde está a mamãe? - Levanta o olhar, deliciando-se com o café.

- Ela teve que sair cedo, e-ela precisou ajudar a senhora Zhong.

- Ajudar com o quê?

- Ajudar, filho. Isso é coisa de adulto, certo?

- Bobagem. - Revira os olhos. - Tirei dez na prova de matemática, você sabia? Eu disse que meu talento estava apenas se escondendo.

O pai solta uma risada anasalada, atendendo o seu celular que toca simultaneamente. Jisung continua a comer, e num determinado momento começa a cantarolar uma musiquinha de infância da qual nunca se esqueceu. Seu pai se levanta da mesa, deixando escapar um "não pode ser".

O menino o encara, levantando as sombrancelhas.

- Pai? O quê aconteceu? - pergunta, com uma sensação ruim dentro de si. - Pai!

- Um minuto, filho.

Ele espera, com olhos atentos a cada movimento seu. O homem assente, desligando o aparelho e mantendo sua cabeça baixa.

- Pai?

- Jisung, nós precisamos ser fortes agora.

Seus olhos estavam vermelhos e o pequeno esforçava-se para entender. Engole em seco, deixando que ele prosseguisse.

- Seu amiguinho, Chenle, não resistiu. Ele faleceu agora pela manhã.

Jisung não diz nada para o pai, abaixando o olhar a encarar a mesa. Sai correndo dali em direção ao seu quarto. Chora alto.

i just don't wanna feel those blues [chen+sung]Onde histórias criam vida. Descubra agora