estrelas.

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A sensação de você passar por um momento feliz, um momento legal e se perguntar como seria se tal pessoa fizesse parte dele é estranha. Como você se sentiria? Eu sinto que ele não é tão legal assim, no fim das contas.

Chenle move o peão de seu jogo de tabuleiro cinco casas à frente. Ele faz uma piada sobre a situação de Jisung, que ainda estava na linha de largada pela terceira rodada.

— Faz parte da minha estratégia, tudo bem? Ainda irei te alcançar.

E realmente fazia. Jisung havia aprendido todas as artimanhas daquele jogo com seus irmãos mais velhos, mas também havia aprendido o quanto Chenle gostava de ganhar. O sorriso em seus lábios o deixava radiante. Prosseguem, então, na brincadeira.

— Acho que é... um executivo!

O maior balança a cabeça negativamente.

— Um jornalista? Um administrador? Um advogado? Certo... advogado criminalista!

— Boa! Acertou, Sung.

— Eu sou demais. — se gaba, ouvindo uma alta gargalhada do chinês.

— Esse jogo foi feito pra gente. — Tira o catéter das narinas por alguns segundos, repetia esse ato quando sentia que seu rosto doía com a pressão do material. Embaralha algumas cartas. — Então, gostou da nova decoração?

Jisung varre os olhos pelo quarto, talvez pela centésima vez. Ele realmente havia curtido.

— Eu adorei, quero aquela coleção de carrinhos para mim. — Ele aponta para uma prateleira alta, sorridente.

— É nossa. — Chenle coloca de volta os pequenos tubinhos, já sentindo a falta do ar. Observa atento o local também. — Olhe Jisung, aquela foto... são meus amigos da fisioterapia.

Jisung esforça os olhinhos mas é vão, então vai até lá e traz a fotografia em mãos consigo. O loiro está em pé no meio de algumas pessoas sorridentes, a maioria mais velha. Havia apenas um garoto que aparentava ter a idade próxima e ele, como alguns outros, usava o aparelho respiratório.

— Esse é o Jaemin, meu amigo. Mas ele já morreu. — Agora, ele carrega um olhar triste sobre a foto, embora esconda. — Mamãe disse que ele virou uma estrelinha no céu, eu o vejo toda noite.

— Nossa, Chenle...

Jisung realmente não sabia o que dizer.

— Ele não me avisou nada antes que... Enfim. Queria que você aparecesse na janela todas as noites para que eu possa te ver, também. — Chenle encarava o chão com a boca entreaberta, servindo como uma nova passagem de ar. — Tenho medo de quando eu for, não encontrar o Jaemin. Ou não encontrar os meus avós. E não poder falar com você de novo.

Jisung se entristece mais a cada palavra dita pelo garoto. Não gostava de pensar que havia sim chances dele partir. Se inclina, deixando um beijo inocente em seu rosto.

i just don't wanna feel those blues [chen+sung]Onde histórias criam vida. Descubra agora