32. cafuné, ciúmes e controle

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quero pedir desculpas pela demora
leiam as notas finais por favor!
...

— Se você não gostar, — Começou o fotógrafo — te deixo escolher o que vamos fazer no nosso próximo encontro.

Nossa, quanta coisa pra absorver assim de repente.

Então quer dizer haveria um próximo encontro entre Seokjin e Namjoon? Só a ideia foi o suficiente para fazer com que crescesse o sorriso do mais velho, que murmurou um "tudo bem" todo bobo, pouco acostumado a esse tipo de coisa.

À medida que se aproximavam do lugar onde seria o encontro, agora que já tinham saído do metrô e estavam andando lado a lado, Jin assimilava uma coisa ou outra das ruas por onde passavam, e não demorou a perceber que tinham entrado na região da cidade onde Namjoon morava. Observou, um tanto, apreensivo, as casas quase coladas, as pessoas com roupas um tanto mais simples e que provavelmente não eram o suficiente para enfrentar o frio que fazia, as crianças brincando pela rua sob os olhares angustiados dos pais que queriam mantê-las aquecidas dentro de casa e quaisquer outros detalhes que evitara perceber da última vez que fora até ali.

Não sentiu pena, não exatamente, mas um estranho sentimento, semelhante à empatia, mas não precisamente, se é que faz sentido. Talvez Seok tivesse aquela simpatia incomum pelas pessoas pouco afortunadas dali porque era pobre também; pobre de espírito, de coração, de sentimentos.

Ou talvez fosse apenas um tanto de pesar por ver aquelas pessoas pouco agasalhadas, despreparadas para o frio que fazia, e não poder ajudá-las.

Imaginou se todas as crianças ali iriam acabar tão resfriadas quanto Namjoon tinha ficado, e desejou a elas que tivessem alguém como Nam tinha tido a si, para que cuidassem delas até que melhorassem e as enchessem de carinho.

— Chegamos, Majestade. — Pronunciou brincando o rapaz que guiava para onde andavam, parando de andar sob uma árvore que já não fazia sombra devido à falta de luz do sol.

— Namjoon-ah, não precisa de tudo isso, pode parar. — Resmungou, mesmo assim rindo um pouco.

— Não precisa mesmo, hyung, mas eu quero. Quero que hoje tudo saia direitinho, como planejei, e isso inclui tratar você feito um príncipe.

— Eu não mereço tudo isso, Namjoon, gosto de estar só com você.— Falou, sentindo-se pelo menos um pouco constrangido. Não estava nada acostumado com aquele tipo de tratamento.

— Ya, eu estou só tentando passar uma boa impressão no nosso primeiro encontro. — Nam admitiu com um sorriso brincalhão. Se estava fazendo um bom trabalho no plano de passar essa boa impressão, já não tinha tanta certeza, mas pelo menos estava tentando.

— Entendi. — Começou o mais baixo, abraçando a cintura de Joon de lado, enquanto andava ao lado dele, seguindo os passos do loiro, já que era ele quem sabia direito onde estavam e para onde iam.

Namjoon então beijou a bochecha do outro, observando enquanto ele abaixava a cabeça e sentia seu rosto ficando tão vermelho quanto a pontinha de seu nariz, que já estava rosada por conta do frio.

Queria ter lembrado de colocar uma máscara antes de sair de casa, mas o nervosismo lhe impedira, e agora invejava Namjoon, que já tinha subido a máscara de tecido preto que antes estava abaixada sobre o seu queixo.

Não que fosse muito relevante, de qualquer jeito, Jin preferiu não se preocupar muito naquele momento com nada além de sua companhia e seu encontro. Apoiou a cabeça no ombro de Joon enquanto observava o local por onde andavam: as árvores espalhadas pelo local já não tinham mais folhas, o pequeno caminho de lajotas que cortava aquele parque já estava meio torto e tinha alguns buracos em um ou outro ponto, e, além disso, não tinha nenhuma outra alma sequer no lugar.

starring role • namjinOnde histórias criam vida. Descubra agora