Well, i think you're crazy

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Antes de sair de seu quarto, deixou um pequeno castiçal dourado, com uma única vela acesa, iluminando o ambiente, tornando-o poético. Sorriu para si mesma, e antes de descer as escadas, permitiu se transbordar de amor próprio, para que quando se perder em meio aquele sorriso, conseguisse se reencontrar e se tornar auto-suficiente. 

- O amor não mata, quando se sabe amar. O amor mata quando é inexistente vindo da parte de outro alguém, e então, pode-se ter a certeza de que não era amor. - Regina repetiu para si mesma, uma frase escrita em sua alma, que espera o momento certeiro para ser colocado em seu livro.

Levaram-se cinco segundos exatos, para voltar a realidade. E quando se deu conta de que ainda estava parada no topo das escadas, puxou o ar, lentamente. Apertou suas própria mãos, tentando relaxar os nervos, e percebeu que as mesmas, estavam suando frio. Um pequeno tremor percorreu o seu corpo, e aquilo não a incomodou, afinal, nutrir um amor platônico desde a infância, causa alguma euforia, certo? Talvez!

- Vamos lá, Regina Mills, você consegue! - Esfregou suas mãos umas nas outras; ajeitou sua postura e deu o primeiro passo.

O "toc toc", barulho causado por seus saltos alto, pisando firme na madeira da escada, despertou a atenção da família Mills e convidados, já presentes na mesa posta para o jantar. Mas o primeiro e único par de olhos que encontrou e que consequentemente lhe causou uma reação, foram aqueles verdes esmeraldas, de Emma Swan. 

- Boa noite a todos! - Proferiu as palavras com firmeza e ao mesmo tempo, suavidade, assim que se aproximou. 

Com sutileza, puxou sua cadeira e elegantemente, sentou-se. O acompanhamento que uma certa loira fez, referente a cada pequeno movimento, não lhe passou despercebido e devido a tal fato, sorriu vitoriosa, para si mesma. Antes de começarem um assunto formal, cumprimentou com apenas um aceno, o pai de Emma: Um homem de quarenta e quatro anos; olhos claros, como os da filha; pele morena; um e setenta e cinco de altura; músculos bem definidos; cabelos loiros, cortado com a três, na parte superior e com a um, na parte lateral" que sempre procura estar trajado com pelo menos, uma camisa social e na pior das hipóteses, uma calça jeans, e para finalizar o look, um sapatenis. David Nollan, busca estar sempre elegante, independente da situação e transpassa sua arrogância quando a pessoa que não lhe convém.

- Pode se retirar, serviçal, me sirvo sozinho! -Esquecendo-se que aquela não era a sua casa, demonstrou nojo ao referir-se a Zelena. 

A mulher respirou fundo e sorriu com sarcasmo. Olhou para Regina que assentiu para que continuasse. Com um leve movimento, a ruiva puxou uma cadeira ao lado de Cora e acomodou-se. Incrédulo, o homem bufou de raiva e isso não passou despercebido. Ao sentir os olhares de todos, sobre ele, revirou os olhos. Para quebrar a tensão, Emma levantou-se e destampou a panela e sentiu uma felicidade imensa, ao sentir o aroma diferente, da típica comida brasileira. Como um gesto involuntário, passou a língua pelos lábios inferiores, ao ver o cardápio: O prato consiste em uma tainha que é assada na lenha, presa entre o bambu de taquara que é feito de espeto. Ela é temperada com alho, azeite, manteiga, pimenta dedo de moça e limão.   Sendo um peixe tipicamente brasileiro, e típico da culinária do Rio Grande do Sul, lugar onde a família Mills, reside. 

Nos primeiros minutos, o silêncio fora primordial, na antiga mansão. 

- Eu gostei das pequenas inovações que fizeram! - Depois de ingerir um gole de vinho seco, elemento essencial para acompanhamento da Tainha; e senti-lo passar suavemente por sua garganta, Emma quebrou o silêncio.

Emma Swan é uma jovem de: vinte e cinco anos; cabelos loiro e cacheado, caído até o ombro; corpo atlético, bem definido; com um e sessenta e sete de altura; vestia um vestido de tecido leve e florido e um pequeno salto, sem maquiagens, deixando suas leves sardas a vista, sua pele branca, possuidora de um lindo par de olhos verdes-esmeralda, não deixou de notar a beleza daquela casa. Puxando a decoração para um marrom; moveis antigos, porém bem conservados; candelabros dourados e pequenos objetos de cristais, reafirmam a nobreza da família. Uma pequena lareira na sala de estar, deixa claro a paixão pela poesia que a filha do casal carrega em seu corpo e alma. Sorriu ao lembrar-se que sempre soube do gosto de Regina, que desde criança, gostava de opinar nos pequenos detalhes. Desde um móvel a ser trocado, até o tipo de lenha que manteria acesa a lareira. Um enorme e felpudo tapete, enfeita o chão da sala e dois grandes sofás suede de cor marrom, preenche o ambiente. 

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