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Pensando
SERIAMENTE
em parar
de PENSAR
sobre.

Pov Lorena

Depois de uns 20 minutos, chegamos. Não esperava que estivesse tão lotado. Havia muita gente aqui.

- Caraca, quanta gente. - Falei um pouco alto por conta do som. - Pensei que fosse só uma piscina, não uma festona dessas. - Fui falando de uma vez e ri da cara dele tentando entender.

- Coisa da minha mãe. - Falou rindo. - Vem, entra. - Disse, me puxando.

Em plena terça-feira, já estão fazendo festa. Família maluca! Mas é aquilo, né? Vou curtir sim, nem queria...

Ale me puxou para a cozinha. Vi uma senhora de frente para o fogão, e pela semelhança deduzi que fosse sua mãe.

- Manhê, olha aqui a Lorena que eu falei. - Disse, encarando-a, e eu corei na hora.

Ela virou para me olhar e sorriu.

- Oi, minha filha, como vai? - Perguntou, me dando um beijo no rosto.

- Vou bem, e a senhora? - Falei, tentando ser o mais educada possível.

- A senhora já morreu, me chame de Ana. - Falou divertida e eu ri. - Moleque, vai trocar essa roupa, tá calor! - Repreendeu Ale e eu gargalhei.

- Fica de boa aí, coroa. - Respondeu pegando na minha mão e me arrastando.

Subimos a escada e pude perceber o quão grande era a casa dele. Não me importo com essas coisas, mas nunca havia imaginado que ele morasse num casarão desses. Ele é tão humilde...

Ele me guiou até um quarto lindo, todo azul, exceto por uma parede preta com diversos grafites. Os móveis eram brancos e havia uma cama de casal enorme no centro, toda bagunçada.

- Já sei que esse é seu quarto. - Falei, me jogando na cama.

- Nem é folgada, né? Tu fica bagunçando minha cama mesmo, vou fazer você arrumar. - Falou tentando passar seriedade.

- Ata, para de ser cara de pau que já estava tudo bagunçado antes mesmo de eu entrar aqui. - Falei rindo.

- Sai daí e vem me ajudar a escolher uma camisa, vai. - Pediu.

- Só porque eu sou boazinha. - Falei, me levantando.

Fui até ele e comecei a olhar o guarda-roupa. Ele tinha muita coisa. Olhei umas regatas e escolhi uma branca, bem bonita por sinal.

- Veste essa, gostei. - Falei, entregando-lhe a camisa.

- Nossa, faz tempo que eu procurava essa e não achava. - Falou, tirando a camisa polo.

Observei tudo atenta. Afinal, Ale não era de se jogar fora: moreno de 1,80 de altura, magro mas não muito desnutrido, muito lindo. Fiquei o secando até ele falar.

- Só não baba, tá bebê. - Falou e riu.

- Hahaha, besta. Eu tava olhando essa sua tatuagem aí, achei legal. - Mudei de assunto.

- Sei. - Falou, passando desodorante.

- Onde é o banheiro?

- Ali ó. - Ele apontou para uma porta perto da cortina.

Entrei e fui fazer xixi.

Depois de me limpar e lavar as mãos, saí do banheiro. Ale estava sentado na cama com o celular na mão.

Sentei na cama e fiquei o encarando.

- Peguei seu chinelo, tá? Meu pé inchou do nada e minha rasteirinha ficou apertada. - Falei tímida.

LorenaOnde histórias criam vida. Descubra agora