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Tem coragem suficiente para desistir de algo que tanto ama, mas que só te faz mal?

Segunda-feira, 5:30 AM

Acordei com o despertador, obviamente.

Demorei alguns segundos sentada na cama até recuperar a consciência. Era uma segunda-feira, dia de ir ao colégio.

Levanto, faço minha higienização e vou tomar café.

Termino de tomar meu café, pego minhas coisas e saio de casa com o celular na mão.

Vou caminhando até o ponto de ônibus na velocidade da luz. Ao cruzar uma esquina, avisto de longe um tumulto, parecia uma briga, mas não dava para ver direito.

Continuo meu trajeto e pego o ônibus.

Ao chegar no colégio, vou direto para a sala. Estava com sono e aproveitaria para cochilar por cinco minutinhos.

— Piranha! Chegou cedo hoje, hein? Vem aqui, me conta os babados da festa de ontem! — O viado escandaloso chega me dando um beijo.

— A senhora adora uma fofoca, né? Mas me conta, tá bem? — Perguntei sorrindo.

— Tô bem. Queria ter ido ontem. Pelo que eu vi no grupo, foi bafônico! —Ele falava na maior empolgação.

— Foi legal, só faltou você. Mas depois eu te conto, tô com preguiça. — Disse, fazendo carinha de triste.

— Nada disso, mulher, me conta tudo! Depois você dorme! — Exclamou exigente, me fazendo rir.

Contei tudo a Wes e, assim, o professor deu início à aula.

12:20 PM

O sinal de ir embora bate e sou a primeira a sair voando do colégio. Além de estar com fome, não queria falar com ninguém. Sou assim, no dia que não estou bem, simplesmente não cumprimento ninguém, e assim segue.

Entro na condução e faço um rabo de cavalo bem alto. Calor dos infernos.

Desço no ponto e lá vou eu, andando até em casa.

Já faltando alguns quarteirões para chegar, uma moto para na minha frente. Sorrio instantaneamente ao ver quem é.

— Coé morena, sobe aí! — Aleph deu um dos seus melhores sorrisos.

— Não queria aceitar, mas tô cansadona. — Respondo, tentando tapar o sol com a mão.

— Sobe aí, pô. — Ele responde.

Ele manobra e eu subo na moto.

Em quatro minutos, chego em casa.

Desço da moto e solto um sorriso para ele.

— Valeu mesmo, Ale, me salvou. — Falei sem graça, após perceber seu olhar sobre o volume dos meus seios.

— Que nada. Chega aqui, princesa. — Fez sinal com a mão.

Fui até ele, que me surpreendeu com um abraço e um beijo no cantinho da boca. Ele me soltou e, ao perceber minha expressão, riu.

— Ficou com vontade do beijo do pai, né? —Perguntou rindo.

— Até parece, babaca. — Respondi com cara de tédio.

— Qual foi? Cola lá na minha goma sexta, inaugurar aquela piscina. — Falou gesticulando com as mãos.

— Ai sim, claro que vou, amo piscina! Agora deixa eu entrar, tô com fome. — Respondi divertida.

— Vai lá, gorda. — Disse já saindo, escapando de um tapa.

LorenaOnde histórias criam vida. Descubra agora