07. Desespero

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Ele levantou-se do balanço de cabeça baixa e virou-se para mim. De repente, ele sacou uma arma de dentro de sua calça. Fiquei assustado, não imaginei, meu melhor amigo...

– Passa o dinheiro, CADÊ? –

[…]

Lisa

Eu liguei várias vezes para Hae e nada. Já estava começando a ficar preocupada. Ele não chega e não atende o telefone. Acho melhor ir na casa dele com as meninas, mas é melhor que eu pareça calma para não alertá-las.

– Meninas, acho melhor a gente ir lá. Ele não me atende. – disse calma.

– Então vamos! – disse Rosé pegando sua jaqueta.

Ela e as meninas se deram bem. Desde ontem a noite não paro de pensar nela. Antes de ela dizer aquilo, eu não tinha certeza de nada, não conseguia ver nada além de estar grata por ela ter me deixado ficar. Porém eu vejo de outra forma agora, acho que outra coisa surgiu quando eu ouvi aquelas palavras.

Eu e as meninas fomos de carro até a casa de Hae.

– Ok, meninas. Fiquem aqui, eu vou chamar ele. – disse.

– Ok. – todas responderam em uníssono.

Entrando dentro da grande casa, o jardim estava calmo. Não se ouvia nenhum barulho além do movimento das plantas. Entrei dentro da casa e ouvi um estrondo enorme. Era como se algum vaso tivesse caído no chão, me escondi rapidamente. Cheguei mais perto ainda escondida. Pude ver um garoto, ele estava apontando algo para Hae. Cheguei mais perto, era uma... ARMA. Peguei meu celular e abri o Kakao de uma das meninas.

Jisoo

Senti meu celular vibrar e entrei no kakao. Lisa havia me mandado uma mensagem.

– Gente, a Lisa me mandou uma mensagem. – avisei as meninas.

– Deve estar acontecendo alguma coisa. O que ela falou?– disse Suhyun.

– "Chamem a polícia, tem um garoto armado e ele está ameaçando o Hae."– arregalei os olhos quando li.

As meninas também arregalaram, Rosé tentou entrar mas nós seguramos para prevenir que algo aconteça. Então ela gritou por Lisa. Ligamos rapidamente para a polícia de Seul.

Lisa

– LISAA. – ouvi um baixo grito vindo de fora. Isso parecia a voz da Rosé.

Esse grito foi o suficiente pra revelar que estou dentro da casa, espero que os policiais cheguem logo. Ouvi passos vindo em minha direção. Encolhi minhas pernas o máximo que pude e fechei meus olhos com força. Senti dedos em meu cabelo, os dedos seguraram meu cabelo e me arrastaram para algum lugar. Eu não pude deixar de gritar, estava doendo muito.

– Ótimo, e então, Hae. Agora é o seguinte, ou você dá o dinheiro, ou eu dou um tiro, dentro da orelha. O que acha?– disse o garoto.

Eu abri os olhos e vi Hae na minha frente. Ele estava apavorado, desesperado e decepcionado. Eu podia ver tudo em seus olhos.

– Não vai abrir a porra do cofre?– disse o cara apontando a arma no meu ouvido.– Ei, garota. Diga suas últimas palavras. –

– Hae, – falei ofegante.– não importa se ele vai me matar ou não, apenas fuja. Por favor!–

Hae não parava de chorar. A cada momento que passava ele ficava apavorado, sinto uma grande dor. Eu sou inútil, Hae, me desculpe, acho que não vai dar tempo, por favor faça o que eu disse.

– É uma pena que seja tão bonita. – disse o cara chegando um pouco perto de meu rosto. Que nojo.

Cuspi em sua cara, vou morrer, mas não me dou por vencida.

– FILHA DA PUTA! – ele apontou a arma no meu ouvido.

Fechei os olhos com muita força.

– MÃO NA CABEÇA TODO MUNDO, SOLTA A ARMA!– disse os policiais entrando no quarto.

Finalmente, o homem me soltou no chão. Me levantei e fui correndo para Hae. O abracei com muita força. Felizmente não levei um tiro dentro do ouvido.

– Lisa, perdoe-me! – disse Hae chorando em meu ombro.

– Não há do que pedir perdão. Está tudo bem Hae, conseguimos sair dessa. Vamos chamar as meninas e ir a delegacia, ok? Vai ficar tudo bem. – eu estava aliviada um monte. A última coisa que eu queria naquele momento era que as coisas dessem errado para Hae, eu e as meninas.

[…]

Depois de todo esse sufoco, nós resolvemos ficar na casa de Hae, cuidando dele. Ele me contou toda a história e me disse que entendia o lado do amigo, porém ele não esperava uma coisa dessas. Quanto a mãe de Suho, Hae ligou para sua mãe que está viajando, e sua mãe disponibilizou o dinheiro, óbvio que Hae não contou nada para não preocupá-la.

– Toma Hae. – disse Jennie chegando com um copo de água.

– Hoje foi um dia e tanto. – disse Jisoo jogando-se na poltrona.

– Sim, fiquei muito preocupada com vocês dois. Ainda bem que viemos.– disse Rosé

– Apesar de todos esses problemas, vocês são as pessoas mais corajosas que já conheci.– disse Suhyun. Todo mundo riu de seu comentário, apesar de Suhyun não ter nos conhecido no melhor dia, ou ter tido um tempo para conversar, eu tinha uma boa impressão dela.

– E você, Hae. Está melhor?– perguntei.

– Não podia ter melhorado mais, estou com as melhores companias do mundo. Muito obrigado por ter me ajudado gente, vocês são as melhores pessoas que já conheci. –

Todo mundo riu e o abraçou. Felizmente tudo acabou bem. Resolvemos dormir na casa de Hae mesmo. Suhyun dormiu com Hae na cama de casal do quarto de hóspedes, eu e Rosé dormimos no beliche e Jisoo e Jennie dormiram em um colchão de casal no chão.

Jisoo

Silêncio total no quarto. Depois de muita bagunça as meninas foram dormir. Faz um tempo que eu estou tentando me confessar para a Jennie. Agora não é muito bem a hora certa. Porém eu estou anciosa.

– Hey, Jennie. – a cutuquei.

Notas da autora

Oi gostaram da nova capa? Ficou sem qualidade (acho que o wattpad tirou) mas vai ficar assim mesmo até que eu faça uma nova (preguiça) ou alguém faça para mim. Se você está dispostx a fazer uma capa eu ficaria muito grata.

Boa leitura :)

[Chaelisa] O conto da vida real.Onde histórias criam vida. Descubra agora