ROBOT BOY | Nash Grier

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Depois de voltarmos da praia, meus olhos ardiam por falta do óculos, eu sabia que explicar a minha falta de óculos a minha mãe seria difícil. Mas, parece que não foi assim.
Mamãe disse que estava tudo bem ter acontecido isso, ela disse que eu estava mais "bonito" e "sexy" sem meus óculos.

E ADVINHA!?

Ela tinha umas lentes transparentes na sua gaveta caso eu precisa-se. Depois de um banho eu resolvi tentar; aquele treco ardeu demais em meus olhos. Doeu.
Depois de por as lentes eu resolvi mexer em meu cabelo, o mesmo ficou dispojado, e desarrumado.

Neguei com a cabeça e desci as escadas olhando o Hayes andando de um lado para o outro com o telefone em mão clicando na tela um trilhão de vezes.

— Vai abrir um buraco nessa tela - digo e me jogo no sofá ligando a TV.

  — A Becky quer me ver - ele diz sorridente logo eu podendo ver que seu olho roxo havia sumido.

  — Mas… o seu olho… ele…

  — A skylyn tem mãos de fada! - ele rio e se sentou ao meu lado.

Tá, ele ia sair com a Becky, mas tá, o que isso tem haver comigo? Ah é. Eu gosto dela.

Me levantei do sofá e subi ao quarto logo trancando a porta. Abri meu computador e comecei a olhar algumas coisas aleatórias. Aleatórias mais importantes.
Eu estava ajustando os últimos retoques do meu robô, Android, ou como queiram chamar. Ele estava quase pronto, eu só precisava de coisas simples como, personalidade, risada, tom de voz, e como ele ia se comportar com humanos.
Como eu havia dito, me baseei no Cameron para o corpo dele! Mas a personalidade tinha que ser algo diferente.

Mexi em algumas coisas e logo consegui um tom de voz meio rouco porém grossa. A risada seria um pouco anasalada, e a personalidade; humilde e carinhoso, porém não babão. Estava tudo okay. Agora era sor liga-lo.

Desço as escadas com meu Notebook em mãos e entro na garagem logo abrindo um guarda roupa enorme que estava trancado por um cadeado. Logo o Android apareceu me fazendo sorri de lado satisfeito. Tirei a tampa de um de seus dedos e coloquei um cabo USB logo passando todas as informações e coisas que havia configurado. Tirei o cabo e coloquei o tampão do dedo. Suspirei e peguei o controle em meu bolso logo fechando os olhos e apertando o botão vermelho em meu controle. Logo um barulhos foram escoados como se fosse uma CPU ligando e eu abri os olhos vendo o mesmo que me olhava.

  — Então… iae cara - eu disse

O mesmo me encarou e extendeu a mão.

  — Oi Grier, firmeza? - ele disse

Arregalo os olhos e aperto as mão do mesmo logo a soltando.

  — Então mano, como você tá? - pergunto me sentando.

  — Eu me sinto bem, a bateria está carregada, minha visão está maravilhosamente bem e ainda tenho uma risada legal - o mesmo rio nasalmente e eu não pude esconder o sorriso.

  — Lembrando, não conte a ninguém sobre bateria, memória, gigas. - eu disse

  — Não se preocupe, sou um robô programado para não contar meu segredo - ele diz e caminha pela garagem olhando algumas coisas.

  — Acha que é capaz de criar amizades e parecer um humano? - pergunto te olhando com uma sombrancelha arqueada.

  — Você me programou pra isso lembra? Não sinto vergonha. Não tenho sentimentos - ele colocou a mão no bolso da calça.

Hayes então entrou na garagem e eu arregalo os olhos olhando ele vendo o mesmo olhar para Daniel.

CARAMBA!

  — Quem é o bonitão? - Hayes pergunta rindo.

  — Eu sou o Daniel. - o robô responde olhando Hayes - Hayes não é?

  — Sim. Como sabe?

  — Nash me contou… - Daniel disse rapidamente sem recita.

Hayes assentiu e me olhou dizendo que mamãe estava a minha espera para o jantar. Então eu assenti e ele saiu. Olhei Daniel e o mesmo sorriu perguntando se tinha passado no teste drive. Com certeza ele tinha passado, mas minha preocupação era o que ele faria se estivesse sem internet? Então por enquanto ele só andaria pelas redondezas comigo e com os caras.

Coloquei ele dentro do guarda roupa e o desliguei logo trancando novamente com o cadeado, ando para dentro e já encontro Hayes e mamãe na mesa a minha espera, Sky já comia as batatas com toda velocidade.

{…}

Depois do jantar eu literalmente me joguei na cama olhando o teto observando aquelas estrelas brilhantes que brilhavam em meu teto, eu amava olhar aquelas estrelas, mesmo que fosse infantil.
Eu escutei alguns risinhos vindo da janela então a encarei logo escutando a voz de Becky. Me levantei com um pouco de velocidade e olhei cuidadosamente pela janela vendo Hayes com os braços em volta da cintura da morena. Eles conversavam muito um perto do outro, e eu podia ver o sorriso estampado no rosto da garota.

E depois de alguns minutos de conversa eu pude ver os lábios dos dois juntos. Eu não soube reagir, até que meu celular vibrou e eu o peguei em meu bolso vendo uma mensagem, era Caroline.

"Curti sorvete?"

Eu olhei aquela mensagem com o rosto da garota estampado ao lado e suspirei fraco. Meus dedos rapidamente apertavam a tecla no teclado.

"Me encontra em 30 minutos"

Então eu bloqueei a tela do telefone e sai de perto da janela deixando aqueles dois se engolirem. Abro o guarda roupa pegando um casaco preto que era do meu pai e olho meu cabelo desarrumado. Eu iria deixá-lo daquela forma.

Desci as escadas chaqualhando as chaves em mãos e abri a porta da sala logo saindo vendo Hayes me olhar assustado. Logo Becky me olhou e tirou as mãos do peitoral de Hayes. Eu suspirei fraco e desci as escadas da varanda escutando meu irmão.

  — Aonde vai? - Hayes perguntou limpando o canto da boca onde nem estava sujo.

Olhei o mesmo com uma cara até que séria e sorri de lado.

  — Não é só você que pode se divertir. - falei sorrindo e logo caminhei pela calçada escutando somente o barulho dos grilos.

30 minutos depois Caroline apareceu na sorveteria com seus cabelos semi-cacheados, uma blusa branca de manga comprida e uma calça jeans.