Capitulo 18 - Parvoices e concerto.

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A sexta não podia ter sido a mais aborrecida de todas. Daniela não conseguia concentrar-se nas aulas e Patricia parecia disposta a fazer-lhe uma lista de todas as coisas que ela lhes devia perguntar e pedir.

- Eu não vou pedir ao Zayn a camisola dele! - disse Daniela revirando os olhos. 

- Opáá! - Patricia franziu o nariz. 

- Porque não pedes ao Liam ou ao... - Daniela mudou rapidamente de assunto - Na noite do baile como foste para casa.

- O Niall levou-me a casa - disse calmamente.

Daniela levantou as sobrancelhas de um modo preverso.

- Hum, e isso significa beijoca? - riu.

- Não, não significa, que parva! - desviou a cara dela com a mão.

- Porque não pedes ao Liam ou ao Niall para te arranjarem qualquer coisa dele? - voltou Daniela ao assunto.

- Opá depois eles vão gozar comigo... - fez beicinho.

- Sim Pat, porque eu vou dizer ao Zayn que a camisola é para mim não achas? - riu.

- Mas podias... - Patricia cruzou os braços fazendo uma cara de amuada.

Passaram o resto do dia a falar como seria amanhã e se eles gostariam dela. 

Liam não tinha ido às aulas, dissera a Daniela que tinha de ensaiar para o concerto amanhã, mas que claro, queria que ela aparecesse lá antes da hora do concerto.

Daniela seguiu para casa, estava triste pois tinha-lhe tentado ligar e não conseguira que ele lhe atendesse. Estava sempre ocupado e às tantas acabou por ficar desligado.

Ia no elevador, e subia para o andar da tia. Quando a porta abriu caminhou lentamente para casa, desligando o leitor de música.

Pôs a chave na fechadura e abriu a porta. Estava tudo às escuras. Mas a tia tinha chegado de manhã enquanto ela estava nas aulas, ela tinha-lhe mandado mensagem a dizer que já estava em casa. 

- Tia ? - chamara. pareceu-lhe ver uma pequenina luz na sala e caminhou até lá.

Ela não acreditava no que via. Liam sentado, duas velas que iluminavam a sala, e no centro uma rosa num jarro.

- Olá - sorriu-lhe ele.

Ela não tinha palavras para lhe responder.

- Olá... - olhou-lhe nos olhos.

- O... Olá... - balbuciou ao fim de uns segundos. Pousou a mala no chão e despiu o casaco e tirou o cachecol que deixou cair. - Não... Não tinhas ensaio?

- Bem, sim e tive - sorriu - Mas já acabou e eu tinha uma coisa combinada com a tua tia... Bem, liguei-lhe ao almoço e ela ajudou-me com isto. Acredita que neste momento está num bom restaurante a jantar.

Ele levantou-se e ela abraçou-o.

- Amo-te - beijou-o se lhe dar oportunidade de resposta.

Tudo o que ela queria era que os pais tivessem uma relação assim. Porque não podia ser? Era tão simples, era tão único. Porque as pessoas se juntavam se não se amavam? Ela não conseguia acreditar que os pais não se amassem totalmente. Era errado pessoas juntarem-se assim. Mas o ódio que nutriam um por o outro agora, eliminava qualquer chance de que a chama do amor deles pudesse continuar acesa. Era por isso que faria tudo para ver Liam feliz. Olhar para ele e ver um sorriso naquela cara. Como agora.

- Também te amo - devolvera-lhe com um beijo aquela frase. 

- A que se deve isto? - inquiriu ela.

Sorriso InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora