Capitulo 27 - Porquê?

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E no avião, acabara por chegar a Portugal duas horas depois. Daniela rapidamente apanhara transporte de forma a chegar a casa. Ao chegar a casa, depara-se com a tia sentada no sofá e deixa cair as malas, chegando perto da tia. 

- Tia, tia me conte, o que... O que se passou?

- Querida os teus pais eles... Eles tiveram um acidente e não sobreviveram... -Marla abraçou a sobrinha e deu por si a chorar. A chorar pela irmã cujo contacto estivera perdido uns bons anos. Mas do cunhado ela não teve pena. Isso não, não depois de ela saber tudo o que ele havia feito. Tanto à filha, como à mulher. E isso, não era coisa que Marla perdoasse facilmente. De facto, ela nunca perdoaria.

- Não digas nada tia. -Daniela acrescenta, desfazendo-se em lágrimas. Todos os problemas que ela parecia ter na infância, na adolescência. Nada, nada se poderia comparar à dor que aquele lhe trazia. Ela não queria. Ela queria poder negar e dizer que aquilo era mudo mentira, que a mãe e o pai estavam bem.

Ouviam uns passos e um médico entrara na sala.

- Boa tarde... -ele olhou-as nos olhos, como fazia com todos os seus pacientes- Lamento o sucedido. As minhas condolências. Sei que não é o melhor momento... De facto, não sei se haverá um melhor momento para isto - clareou a voz - Mas... Não poderão ver os corpos, estão demasiado destruidos.

Daniela olhou-o perplexa. Nem uma última imagem dos pais ela poderia ter na sua visão. O que poderia correr pior? Nada. Para ela, nada neste momento piorou.

Apenas entraram na sala onde os dois corpos estavam cobertos e tanto a sobrinha como a tia deram por si a desfazer-se em lágrimas. 

Como era possivel? Como era possivel que tudo aquilo tivesse mudado?

Após a tia sair da sala, Daniela ainda lá ficara e como uma criança contou aos pais tudo o que lhe acontecera em Londres desde a amiga até ao Liam e tudo o que os dois tinham partilhado. O quanto ela gostava dele. O passeio por Paris, tudo. E sem conseguir estar lá mais, pela primeira vez em muito tempo, disse aos pais que os amava. Mesmo sabendo que por agora não valeria de nada, agora era tão branco como estar calada. Ela disse.

Saiu da sala e encontrou a tia à porta desta esperando-a.

- Tia... Onde... Onde nós vamos ficar? Eu quero ir ao funeral... Eu... Eu tenho de lhes fazer um... -ela disse nervosa enquanto amabas caminhavam para fora do hospital.

- Eu sei, e nós vamos fazer-lhes um funeral, descansa -a tia sorriu de leve, tentando confortar a sobrinha- E vamos dormir na casa do meu primo Tom, espero que não te importes...

- Não eu apenas... Apenas preciso de ligar ao Liam -sorriu levemente ao encarar o rosto da tia, ao qual esta esboçou um sorriso mais afável.

- Então e para não estares apenas tristonha, diz-me, diz-me como foi Paris... -a tia rodeou os ombros dela com o braço, enquanto subiam um rua que ia a caminho da casa do seu primo.

- Hum Paris... Oh foi giro tia... sabes -ela esboçou um pequeno sorriso encolhendo os ombros. Parecia que nada agora a conseguiria fazer mais feliz.

- Claro, não vais dizer que Paris foi apenas Paris pois não? -a tia beijou a bochecha da sobrinha. 

- Não tia... - Daniela sorriu levemente- Paris foi fantástico e terrivelmente abalado por isto... -ela suspirou, mordiscando o lábio e a tia assentiu em silêncio.

Acabaram por chegar a casa do primo de Marla e ele recebeu-as, ele também com um sorriso triste. Daniela foi à varanda e tentou contactar Liam. O telemovel tocou, tocou, touco e ninguém atendeu. Fora parar ao atendedor de chamadas. Talvez ele estivesse a fazer algo importante.

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2014 ⏰

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