Já entregue nas mãos de seu algoz, Jurandir escuta o barulho fino da faca sendo afiada.
Shift. Shift. Shift.
O homem passa mais uma vez o metal branco na chaira. Presente da vovó, ele comenta. Shift. Shift. Shift.
Aproxima-se do Jurandir, testa o fio da faca em sua sobrancelha e um grosso fio de rubro enfeita sua face.
- É assim o fim, então?
- Que nada, Jurandir. Isso é relativo. Pra quem morre é apenas o começo.
Passa a faca no pescoço do homem, que sem resistência se entrega ao suave toque da lâmina.
Tema: algo relativo
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365
Historia CortaUm micro conto por dia. Nem todos os dias. Durante 365 dias. Livre de gêneros. Projeto: Escritor Publicado.