Um espelho, Uma verdade

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Eu tive um sonho,

Onde estava sozinho.

Nele, contra mim deponho,

Nada havia, nem um simples carinho.


Ninguém, queria saber, como eu estava,

Ou para onde eu tinha ido.

Ninguem, ouvia o quanto eu gritava

Ou quanto, eu ja tinha vivido


Ninguém estava lá, quando eu acordava,

E sozinho, eu adormecia.

Dia, após dia, eu chorava,

Nada a minha volta, me parecia.


Ninguém me ajudava a levantar,

Quando eu estava em baixo, deprimido.

Sozinho, eu tinha de lutar,

Mas algo, dentro de mim, já tinha morrido


Eu sonhei, que era uma criança,

Numa noite quente de verão.

Nos outros, a confiança

Em mim, a escuridão.


Agora, so deixo as memórias,

De alguem, se alguém houve.

E, se aconteceram, as histórias,

Nada, nem ninguém me ouve


Acordei, mas não acordei,

De facto, não duvidei.

Porque o sonho, era a realidade

E eu, sozinho, como um espelho, uma verdade.


Diário de um Poeta MortoOnde histórias criam vida. Descubra agora