Eu tive um sonho,
Onde estava sozinho.
Nele, contra mim deponho,
Nada havia, nem um simples carinho.
Ninguém, queria saber, como eu estava,
Ou para onde eu tinha ido.
Ninguem, ouvia o quanto eu gritava
Ou quanto, eu ja tinha vivido
Ninguém estava lá, quando eu acordava,
E sozinho, eu adormecia.
Dia, após dia, eu chorava,
Nada a minha volta, me parecia.
Ninguém me ajudava a levantar,
Quando eu estava em baixo, deprimido.
Sozinho, eu tinha de lutar,
Mas algo, dentro de mim, já tinha morrido
Eu sonhei, que era uma criança,
Numa noite quente de verão.
Nos outros, a confiança
Em mim, a escuridão.
Agora, so deixo as memórias,
De alguem, se alguém houve.
E, se aconteceram, as histórias,
Nada, nem ninguém me ouve
Acordei, mas não acordei,
De facto, não duvidei.
Porque o sonho, era a realidade
E eu, sozinho, como um espelho, uma verdade.
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Diário de um Poeta Morto
PoetryTenho 17 anos. Eu existo. Eu vagueio pelas ruas que pisas. Eu sinto o que lês nos poemas. Mas viver? Já não o sei fazer.