Como pode ser contente,
Alguém que sob ele mesmo se rege?
E que a cada palavra mente,
E que de coração se protege?
Como podemos viver,
assim, pelo pensamento?
E que a cada idea, saber,
Que a dor não vai com o vento?
E de cada vez que respiro,
Cada passo que eu dou.
E que de mim próprio tiro,
A mentira, que sou.
Cada palavra não dita,
É o verso de um poema.
Uma realidade bonita,
Que não passa de um lema.
E cada ferida, exposta,
Cada lagrima, caida.
O meu sofrimento, á mostra,
Desta vida não vivida.
O pesadelo que me tornei
A solidão, quem me partira
Os rios, que já chorei
O que sou? Uma mentira.
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Diário de um Poeta Morto
PoesíaTenho 17 anos. Eu existo. Eu vagueio pelas ruas que pisas. Eu sinto o que lês nos poemas. Mas viver? Já não o sei fazer.