E fica, fica e sente-se,
Sente-se como se nao se sentisse nada.
Numa pura ilusão,
Nesta vida vaga.
E fica, fica e sente-se,
Sente-se como se nao houvesse esperança.
Um engano, por mim criado,
Na inocência de uma criança.
E sinto que já nao há nada,
Do que antes era um tudo.
O que fica desta jornada,
Que há muito fez de mim mudo.
Porque no fundo, o que é o ser,
Se não obra de uma criação.
Destinada a fazer sofrer,
Que passa de mão em mão
E que acaba como um nada,
De tudo o que nela houve.
A dor, pura como água,
Existe, e não se ouve.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diário de um Poeta Morto
PoetryTenho 17 anos. Eu existo. Eu vagueio pelas ruas que pisas. Eu sinto o que lês nos poemas. Mas viver? Já não o sei fazer.
