A mim não dá, como aos outros deu?

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Sozinho, no meio de gente

Esquecido, no meio das fotos, Lembrança,

De quando era criança

Tristeza, do que sou no presente


A nada nem a ninguem faço falta

Nada neste mundo choraria por mim

Vontade de morrer é alta,

Mas cá dentro, eu não queria morrer assim


Gostava de poder olhar para trás

E sentir o apoio de quem me apoiou

Mas sei que concluirás,

Nunca ninguem me ajudou


Fecho para sempre os meus olhos

Só assim posso ver o meu mundo

Pessoas, iguais, há aos molhos,

Mas eu, num poço, no fundo


Posso continuar a fingir um sorriso

Escrever, e achar que alguêm me percebe

Mas nada mais que isto digo

A cada dia, a minha alma, padece


Por isso eu só posso dizer

Que sozinho nao consigo sair

Preciso de alguem que por mim,

Todas as portas possa abrir


Quero sair desta escuridão

Quero voltar a ser eu

Mas so a morte me passa pelo coração

A mim não dá, como aos outros deu?

Diário de um Poeta MortoOnde histórias criam vida. Descubra agora