O mundo, que nos meus poemas vês

102 5 0
                                    

Como pode alguem ter sonhos cobertos,
De tao acordado estar,
E de tão certo como de olhos abertos,
De olhos fechados andar.

E viver assim renegado,
Como um gato na rua, ao frio.
Não saber o que é ser amado,
E apenas dor, nas veias, um rio.

Um espirito, que chamam de alma,
Que a mim, não deve servir.
Vivo, numa luta, numa calma,
Por mais que sofra, não posso fugir.

Palavras, leva-as o vento,
E a mim, só o meu coraçao,
A saudade, que trás o tempo,
Sentimento, que me atira ao chão.

Despeço-me e despeco-me,
E nunca me despeço de vez.
Consegues imaginar?
O mundo, que nos meus poemas vês...

Diário de um Poeta MortoOnde histórias criam vida. Descubra agora