capítulo 4

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Edgar.

Ela não pode ser real.

Foi o pensamento que correu pela minha mente assim que eu abri os olhos essa manhã. Cabelos avermelhados esparramado pela minha cama são um sinal vívido que não foi um sonho.
Eu não sou um cara de bons modos, tão pouco um cavalheiro, mas assistindo Julie dormir sou capaz de formular mil e uma desculpas para nunca mais deixar essa ruiva sair desse quarto. As sardas perfeitas nas maçãs do rosto, a boca em formado de coração. Tudo tão perfeito que duvido que não seja um anjo.

Meu pequeno anjo, quente e sexy anjo.

Por um segundo quase vomitei ao ver aqueles vermes de gangue tocarem na minha garota, no segundo seguinte a arma estava em minhas mãos pronta para despachar para o inferno qualquer pessoa que ousar olhar para Julie. Contei para ela meus demônios, mostrei a ela minha escuridão e mesmo assim ela ficou.
Ela sorriu e ficou por mim.

Por mim.

-Bom dia.

Volto meu olhar para mulher deitada sob meu peito e não escondo um pequeno sorriso. O dia mal começou e meu pau está duro como aço por essa ruiva.

-Dormiu bem?-pergunto correndo meu polegar por seus lábios-Gosto das suas sardas, não às esconda de mim.

Com um pequeno sorriso ela suspira. Desejando mais contato a puxo para mais perto, o cheiro dessa mulher acaba comigo.

-Gosto do seu colchão também...-ela sussurra e inala meu pescoço-Gosto de você também, diga-me o que farei sobre isso?

Quem eu estou tentando enganar? Essa mulher é tudo que eu desejo, posso ser um bastardo sujo mas, com ela até me imagino nos encontros irritantes de família.

-Você, é minha chapeuzinho goste ou não.-giro nossos corpos e me perco no azul cintilante dos olhos dela-E não há nada nesse mundo que irá me afastar de você Julie, quero você aqui nessa cama, quero que cada filho da puta desse país saiba que é minha.

Só minha.

-Tipo Namorados? Um casal normal?

Abro um sorriso.

-Eu não sou um cara normal ruiva, mas sim, como Namorados, e todas essas coisas irritantes que sou obrigado a assistir nos jantares de família com o Allan...

Então eu descobri.
No segundo que disse isso Julie brilhou, seu sorriso, olhos e pude ver a felicidade crua em sua pele. Ela fodidamente gostou de estar comigo, ou pior... Ela ficou feliz por mim.

-Oh meu Deus Edgar! Seu loiro gostoso, você tem certeza que quer dar a mim o poder de sua namorada?-ri com nervosismo-Eu vou matar aqueles putas que babam por você cada vez que vai ao café... MEU DEUS O CAFÉ!

Com o grito ela salta da cama e começa a pular entre os cobertores e dizer coisas aleatórias. Tento segurar o riso, ela está perfeitamente nua e fica linda irritada.

-Julie...-tento mas ela ignora.

Então ela o vê, o uniforme que eu rasguei ontem à noite.

-EDGAR NORRIS SEU DESGRAÇADO!-grita e deixo o riso sair-Não ria seu idiota! Como vou trabalhar agora?

Fico de pé e ela vem em minha direção com tapas e fúria. Tola.
Na segunda tentativa de me bater a prendo contra mim e nos jogo de volta na cama.

-Eu sou o cara mais perigoso dessa cidade e você tenta me bater?-rio da sua careta-Eu rasguei seu uniforme, a fodi a noite inteira e vou rasgar todos os outros porque aquela merda mal cobre essa bunda que pertence a mim!

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