capítulo 5

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(Contém conteúdo de caráter violento, nada citado faz menção a acontecimentos reais ou indução a atitudes violentas. Ações e fatos fictícios)

Norris

O barulho da porta sendo arrombada foi a deixa perfeita para que minha arma apontasse para porta da frente.
Tenho dois grandes problemas, o primeiro é que a mulher que eu quero em minha vida está no quarto ao lado provavelmente em pânico e o segundo, minha arma tem quatro balas, o arsenal que mantenho em casa está na academia e não há nem uma porra fodida chance de que eu vá até lá deixando Julie desprotegida.

Se desse desgraçado quer morrer, será um prazer concluir isso com as minhas mãos. Ainda estou surpreso que alguém burro o bastante invadiu meu apartamento, eu sou dono de um maldito andar inteiro em um prédio cara e até onde achava, seguro.
Vou ter de ampliar minha lista de homicídio para os bastardos que deixaram esse verme subir.

-PARA UM MAFIOSO SUA SEGURANÇA É RIDÍCULA!-ouço a voz dele antes de uma chuva de balas ecoar pela abertura.

Como o desgraçado arranjou uma metralhadora se estava com o rifle em mãos?
Merda, pelo visto não veio sozinho.

-PARA UM RATO VOCÊ FOI BURRO O SUFICIENTE PARA INVADIR MINHA CASA!-rosno e jogo meu corpo para trás da bancada da cozinha.

Com a faca jogada na bancada sorrio e guardo no cós da calça. Já matei com menos do que isso é certamente pessoas mais duronas.
Mal contenho o sorriso perverso quando penso no quanto será divertido cravar minha faca tão fundo em sua garganta.

-Se escondendo? Apareça e morra como um homem!

Reviro os olhos e ouço passos em minha lateral, sorrindo soco a barriga do homem segurando a metralhadora e viro seu pescoço com força, o estalo assustador de ossos quebrando chamam a atenção do outro insolente, o corpo inerte do morto cai e miro na direção do outro homem.

Vejo a bala passar perto de seu rosto, mas jogo novamente meu corpo atrás do balcão abre das balas pesadas do rifle virem até mim.
Quão estúpido um homem deve ser para carregar um maldito rifle? Armas grandes nem sempre são inteligentes, e sei que aquele filho da puta não aprendeu isso.

Estava disposto a sair do meu lugar quando ouço um grito fino, todo meu coração entra em pânico. Julie.

-SAIA OU A VADIA VAI LEVAR UM TIRO!

Sinto medo e ódio em um só. Por que merda ela não se trancou no quarto do pânico que projetei para caso minha irmã sofresse algo?

Levanto e encaro os olhos azuis de Julie em lágrimas, um outro homem mantém o cano de uma arma pressionada contra sua cabeça. Odeio o medo que vejo em seu olhar, daria tudo para voltar algumas horas atrás e dizer-lhe que é a mulher mais especial do mundo, não poderia viver sabendo que nossa última conversa foi uma briga.

-Eu vou matar você, torturar até que me implore para acabar com seu sofrimento.-aviso e sorrio para o homem com a arma apontada para Julie-E você terá um destino muito pior por toca-la, já imaginou sendo jogado em um tanque de óleo fervendo?-ele arregala os olhos-Matar minha mulher não vai me impedir de torturar vocês pelo maior tempo possível, e quando estiverem tão perto da morte irei cortar suas gargantas.

-Comp fará isso se estiver morto?-o homem segurando o rifle apontou para mim e ri.

-Reze para que a bala me mate rapidamente, porque se não tiver certeza disso eu irei levantar e acabar com você.

Não me importo de morrer, tudo que preciso é salvar minha ruiva e para isso estou contando com a chance de que Julie tenha ligado para Scott, o meu melhor amigo no meio de toda merda que vivia. Ao contrário de mim ele não era um mafioso, mas sim um assassino profissional e muitas vezes solicitado para trabalhos ao redor do mundo.

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