capítulo 7

75.5K 9.4K 3.3K
                                    

Ethan White.

Inteligente, bonito, gostoso, milionário, o melhor pai do mundo.
Parece a descrição da perfeição mas é apenas meu reflexo na tela do computador desligado.
Eu consegui, não só buscar os rastros do servidor que está usando um maldito site de ferramentas como faixada para oferecer o sonho de princesa de todo bandido do submundo do país, como tenho a localização estampada em minhas mãos.

Por que não há uma estátua em minha homenagem na cidade? É um grande mistério.

Levanto do sofá onde passei as últimas horas e vejo Scott e seus cabelos negros limpando uma arma extremamente grande.

-Onde está o loiro malvado?-pergunto aproximando da mesa.

Harris dá de ombros e beija a arma.
Quem diabos beija uma arma?

-Deve estar fodendo a ruiva, eles são como coelhos, Edgar sai do quarto com um humor bem melhor depois de suas sessões de fogo.

Sorrio.

-Dominic me deve cem mil dólares!

Foi a aposta mais fácil que já tive.

Scott arruma sua automática e aponta para mim.

-Achou alguma coisa, cara dos computadores?

Afirmo e mostro o papel em minhas mãos.

-Um endereço no centro da cidade, de acordo com os registros é um prédio comercial de imóveis, puxei a ficha de empregados com passagens pela polícia e dois nomes se destacaram-entrego o papel-Angelo Nocci e Juarez Perón, passagens por porte de armas e tráfico de drogas.

Scott fica surpreso e sorri.

-Como teve acesso a isso daqui?

-Sou Ethan White, além de saber como hackear faço uma generosa doação todo ano para o departamento de polícia, sou muito amado pelas autoridades!-debocho

-Acho que meu cartão da biblioteca não me dá essa vantagem...

Scott Harris foi um dos melhores sniper do conjunto e condecorado por mérito. Estar trabalhando com atirador de aluguel é muito mais do que ele sabe.

-Lamento por seu pelotão, vi em sua ficha.-digo solene.

O homem em minha frente perde o sorriso.

-Vou aceitar suas palavras, mas não mexa nos meus registros novamente White ou será o seu corpo como alvo.

Qual o problema das pessoas com armas ao meu redor?

-Não consegue dizer uma frase que não envolva armas ou alguém morrendo?

Ele sorri e bebe sua cerveja.

-Qual seria a graça?

Foco no lugar ao meu redor, Edgar realmente deixou esse lugar prático e confortável, seria preciso muito esforço para alguém atravessar a espessura de aço das paredes.
Olho pela vigésima vez meu celular, sei que não há sinal de operadora mas faz horas que estou longe da minha demônia colorida.

Emma é como uma droga em meu organismo, não importa o quanto tenho, sempre quero mais.

-Espero que o loiro não se ocupe muito, se não estiver no almoço para encontrar minha esposa ele terá que temer algo muito pior que algumas balas...-digo com sinceridade.

-Deixar uma mulher ter tanto poder é um plano idiota, paixão nos torna burros.- ele fala amargo.

Fito sua expressão, não precisa ser um gênio para saber que ele já sofreu por um par de seios.

Na Sombra do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora