Capítulo 16

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Oi meus amores, demorei não foi? Bem... peço desculpa mas o meu celular bateu de cara no chão e tive de esperar que ele voltasse da loja. Mas voltei, este capítulo vai ser mais inclinado para o nosso Dylan se não se importarem, espero que gostem. E NÃO SE ESQUEÇAM DA MÚSICA AQUI EM CIMA. É dos meus amores One D. Vão gostar, prometo.

Dylan Narrando

Oi, eu sei que por esta altura me devem estar a odiar mas pelo menos me dêem uma chance de me apresentar.

O meu nome é Dylan O'Bryan, tenho 18 anos, cerca de 1,72 metros de altura e cerca de 60 kg bem distribuídos pelo meu corpo. Não sei bem como começar, mas vamos lá... Peço desculpa. Peço desculpa por ser o grande idiota que sou mas na verdade eu não faço por mal. Está dentro de mim.

Desde pequeno que eu era uma criança solitária, vivia trancado dentro da mansão dos meus pais, rodeado de criados mas sem ver os meus pais durante toda a semana. E aos fins de semana quando os via era apenas para receber repreensões. "Nada de falar com a boca cheia" , "nada de dizer palavrões" , "nada de conviver com os criados"... e a lista ia por aí em diante. Simplificando as coisas para vocês, eu nunca recebi amor dos meus pais, na verdade nem sei o que é isso, nunca soube o que era ter pais presentes e que me amassem. Nunca recebi atenção em toda a minha vida e foi isso que me tornou na pessoa horrível que sou hoje. Eu afasto as pessoas, prefiro magoá-las antes de elas me magoarem os "sentimentos" (se é que os tenho). Por vezes a meio da noite acordo e reflito no ser humano desprezível que me tornei.

Por vezes tenho a sensação de que o meu espírito sai do meu corpo e quando olho para o que me tornei só consigo sentir nojo, eu não passo de uma criança que nunca recebeu atenção dos pais e que foi muito magoada quando devia estar a brincar e a aproveitar a vida.

A única vez que recebi atenção dos meus pais foi quando tinha cerca de sete anos. Eu tinha saído das "muralhas" que envolviam a minha casa para ir ao parque do condomínio brincar com o filho dos vizinhos e assim que virei a esquina fui puxado por braços fortes para dentro de um carro preto.

Nunca senti tanto medo na minha vida e dou graças a Deus por os polícias terem apanhado os bandidos mesmo antes de saírmos da cidade.

Durante um mês os meus pais foram as pessoas que sempre desejei que fossem, faziam questão de andar sempre perto de mim, de me abraçarem, de me beijarem e de me protegerem mas toda essa felicidade não tardou para acabar, ao fim de um mês apenas redobraram a segurança e voltaram às suas vidas.

Agora, já depois de crescer, sei que eles são pessoas ocupadas e talvez eles até me amem... apenas não têm tempo para o demonstrar.

||Mudando de assunto||

Todos os verões venho para a quinta dos meus avós, não que eu queira mas como os meus pais vão para o estrangeiro em negócios eu sou forçado a vir para não ficar sozinho em casa. Irónico não é? Passei toda a minha infância sozinho e não posso ficar sozinho em casa agora que já sou bem crescido.

Este ano fiz merda, normalmente faço todos os anos, mas este ano superei-me, quase acabei com o amor de duas pessoas que se tornaram meus amigos, o Shawn e o Cameron. Como recompensa recebi a metade direita da minha cara toda rebentada, como se um trator tivesse passado por cima da mesma. Agora já está bem melhor e mal se nota mas confesso que na alturar doeu, tanto na minha cara como no meu orgulho e por isso recusei-me a sair do quarto até que o Cam decidiu que me queria dar uma segunda chance... E foi isso que me fez abrir os olhos, ele era uma pessoa excelente e eu fui um idiota com ele. Nunca pensei dizer isto mas finalmente encontrei um melhor amigo, alguem em quem posso confiar e dou graças a Deus pelo Cameron ter a capacidade de me perdoar.

My One True Love (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora