Chegando em casa mando Takato e Sarada tomar banho, enquanto isso pensava em um modo de contar a eles sobre seu pai.
O gato de Sasuke se alisava em minha perna.
-É gatinho. Como será a reação deles ao saber que o pai está sem memória?-encho uma tigela com leite e coloco no chão para ele beber. Estava com medo da reação dos dois. Como reagiriam. Passado um tempo os dois saem do banho e já vestidos vem em minha direção.
-Mãe o que a senhora quer falar conosco?-Sarada pergunta olhando para mim.
-Bem sentem-se.- Aponto para as cadeiras. Eles obedecem e se sentam.-Não sei por onde começar.
-O que houve com o nosso pai?- Fico surpresa com a resposta imediata. Havia me esquecido que na casa havia fotos de Sasuke.
-O que houve para ele ter ficado longe tanto tempo?-Sarada pergunta.
-Não sei ao certo. Mas, ele disse que perdeu a memória e ficou...
-Junto com uma caravana este tempo todo.-Takato me surpreende novamente À vezes a inteligência deles me assustava.- Então quer dizer que ele não sabe quem nos somos?
-Creio que não.- Digo sem jeito.- Peço que tenham paciência.
-Mãe!!!-Sarada grita.-Nosso pai está de volta. Isso não é esplêndido e ainda vamos passar mais tempo com ele para que possa recuperar sua memória.
-Como é?!!-penso confusa.-Essa é uma reação inesperada. Na verdade tudo está sendo. Acho que minha cabeça vai doer.
-Poderemos mostrar para ele tudo sobre nós. Não é Takato?
-Sim, sim. E nosso pai pode nos treinar.
-Vocês... Como... Quê?-começo a dizer coisas sem sentido. Ao que me parece eles não estavam tão preocupados com o sumiço do pai. Mas, o que eu poderia esperar de crianças. Então eles olham para mim.
-A senhora não está feliz?-Sarada olha para mim.
-Claro que estou. Só não esperava esta reação. Bom, talvez ele venha para cá amanhã a tarde.
-Onde ele vai ficar?
-Que horas ele virá?
-Calma. Ainda não sei.-A curiosidade deles me encurralava e não sabia o que dizer.-Ele ficará no quarto de hospedes. Como não se lembra que somos casados, seria estranho que dormisse comigo...-Ao pensar nestas coisas meu rosto cora no mesmo instante.
-Mãe, a senhora está bem?- Sarada balança a mão na frente dos meus olhos.
-S-sim, não se preocupe - me levanto.-Agora vamos comer.
Foi um jantar tranquilo, considero as perguntas quase incessantes dos meninos, sobre como conheci o pai deles, quando nos apaixonamos, quando ele foi embora. A última pergunta me fez refletir por um instante, Sasuke passara quatro anos desaparecido. Por vezes achei que e não voltaria, mas minha esperança e amor eram maiores que minhas dúvidas.
Após o jantar as crianças assistiram um pouco de TV e logo foram dormir, estavam eufóricos mas caíram no sono rapidamente. Caminhei rumo ao meu quarto e me deitei na cama, não queria demonstrar mas estava tão ansiosa quanto meus filhos, meu coração disparava cada vez que lembrava que eu marido havia retornado.
(...)
No dia seguinte, acordei com um barulho de discussão vindo da cozinha. Me levantei esfregando os olhos.
-Eu vou fazer os bolinhos para o papai.-Takato grita.
-Não, eu vou.-Sarada retruca.
-O que vocês estão fazendo?- Chegando na cozinha os dois correm em minha direção.
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Escolhas
Romantizm"Quando se ama a pessoa cuida, se preocupa, dá carinho e não se distancia", é o que os outro dizem. Mas, quando as condições não permitem que coisas assim se concretizem? Quando a indiferença toma o lugar do amor? O casal entra em uma vida de superf...