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Sou veneno, sou fatal
Sou aquela doença mortal
Que deprecia e degenera
Não sou cura para ninguém
Nem querendo faço o bem
Eu só destruo o que toco
Feito ácido, feito fogo
Eu não quero ou talvez queira
Pois mesmo estando na beira
Nunca dou o último passo
Já prometi me afastar de tudo
E já tentei cumprir isso, eu juro
Mas sempre acho pelo caminho
Mais alguém para machucar
E isso dói como um inferno
Rasgando meu eu interno
Até nada mais restar
Estou mais uma vez quebrada
Com mais uma vítima machucada
Por minha toxidade
Prometo mais uma vez partir
Mas nunca me deixo ir
Porque seria liberdade
Então permaneço em pé ainda
Por entre as almas sem vida
Daqueles a quem arruinei.

Versos E InversosOnde histórias criam vida. Descubra agora