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Cantei por horas,
Sem me importar com o quão desafinada
Pudesse ser minha voz.
Dancei por horas,
Sem me importar com o quão desajeitados
Eram os passos inventados.
Ri por horas,
Sem me importar que o motivo para o riso
Não fosse o suficiente para mantê-lo.
Fingi por horas,
Sem ter medo de desacreditar da mentira
Que contei a mim mesma.
Vou chorar por horas,
Sem medo de ser vista.
No final do dia,
O canto, se torna o grito
Sufocado pelo travesseiro.
A dança, é a convulsão
Causada pelos soluços.
O riso, é o som histérico
Que escapa dos lábios.
Assim se torna real meu maior medo:
Eu estou sozinha de novo.

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