Depois de dez mil anos...
Lamento ter demorado tanto, mas tive muitos imprevistos e não tinha como fazer a transcrição para atualizar. Mas meu notebook tá melhorzinho então vou atualizar com mais regularidade agora.
Novamente lamento ter demorado tanto e obrigada por votarem e comentarem.😘😘😘😘😘😘😘😘😘
A mulher tinha farinha nos cabelos. Tinha cheiro de amêndoas. O avental estava manchado com cobertura e chantili. Corante alimentício sujava a ponta de dois de seus dedos. E ela estava absolutamente deliciosa. As notas de sabor exalando de Regina não eram capazes de competir com o perfume inato, cálido e feminino do corpo dela, que tomou os sentidos de Emma de assalto de um jeito que nenhum ataque direto conseguiria. Embora estivessem em um restaurante lotado, cercados por clientes e membros da família dela, Emma só sentia a presença dela. Ela havia sido atraído para Regina, capturado em um mundo íntimo que ambas criaram no instante em que seus olhares se encontraram. - Seu nome é Emma - disse ela, como se estivesse se certificando. A voz foi um pouco áspera, os olhos se semicerrados.
Preocupada com a possibilidade de ela ter uma ex de mesmo nome, Emma respondeu: - Atenderei a qualquer coisa da qual você quiser me chamar.- Qualquer coisa? Ela assentiu, incapaz de desviar a atenção daquele bocadinho de farinha nos cabelos dela. Gostaria de erguer a mão e limpa-lo. E então enterrar os dedos naqueles cabelos castanhos volumosos, soltar o rabo de cavalo, formando uma cortina sobre os ombros dela.
Ela cerrou os dedos em punho junto às laterais do corpo face à necessidade de enveredar aquelas madeixas em suas mão se puxar o rosto dela para o seu em um beijo enlouquecedor.Ela possuía o tipo de boca que implorava para ser beijada. Uma que prometia prazer. Deus, fazia muito tempo desde que ela realmente beijara uma mulher do jeito como gostava de fazer. Lentamente. Profundamente. Como uma exploração exaustiva de todas as curvas e fendas.
Recentemente, a vida sexual dela estivera limitada pela proximidade e sua condição de militar na ativa. Emma não tivera qualquer tipo de relacionamento em anos. E o sexo que tinha feito normalmente era rápido, coisa de uma noite só, em que o beijo lento e indulgente não entrava em pauta. Ela poderia beijar a boca daquela mulher por horas. Emma não compreendia por que estava tão atraída por ela. Tudo o que ela sabia era que estava por ela de um jeito que não ficara por ninguém há muito tempo. Não apenas porque ela era linda com o avental e aquele rabo de cavalo desgrenhado. Mas por causa do olhar saudoso e solitário que ela ostentava mais cedo, que dizia que ela não pertencia àquele lugar e sabia disso. Exatamente o mesmo olhar que Emma exibia ultimamente.- Você é solteira? - perguntou a ela, desejando uma confirmação. Ela assentiu, o movimento fazendo o rabo de cavalo dela balançar. Os cabelos captaram o reflexo de uma vela na mesa mais próxima, os fios brilhando em um véu de marrons e dourados que fizeram o coração dela tinir de encontro aos pulmões.- Qual é o seu nome? - perguntou Emma finalmente.
Ela arqueou uma sobrancelha fina.- Ainda não entramos em acordo sobre o modo como vamos chamar você. Ela se virou, ficando mais perto dela, quando um grupo adentrou o restaurante. A morena deslizou ao longo da parede, ficando longe do restante das pessoas. Emma a seguiu, irresistivelmente atraída pelo perfume e pelo mistério nos olhos dela.- Acho que você tem uma Emma no seu passado...?- Aham.- E não deu certo?- Acho que posso dizer que não.- Um término ruim?- Não. Nós nunca namoramos. - Ela deu um meio-sorriso. Não havia alegria nele, apenas uma diversão enfadada. - Ela mal notava minha existência.- Então ela com certeza era uma idiota.
O outro canto da boca de Regina se arqueou; desta vez a diversão genuína reluzia claramente.- Ah, sem dúvida.- Essa Emma não merecia você.- Com certeza não.- Você está melhor sem ela.- Ninguém sabe disso melhor do que eu. - Ela soava mais divertida agora, como se estivesse baixando a guarda.- Chega de falar dela - disse Emma. - Se você não gosta do meu nome, chame-me pelo meu sobrenome. É Swan. A loira a observou aguardando um arroubo de surpresa, um mirar de olhos para a placa na janela, anunciando o nome do lugar. Estranhamente, ela não reagiu de jeito algum.- Acho que já determinamos como eu deveria chama-la. Você mesmo se autodenominou. Confusa, Emma apenas aguardou.- Idiota - falou ela, batendo a pontinha do dedo no próprio rosto, como se pensando no assunto. -Embora, honestamente, o título não capte sua essência totalmente agora. Poderia ter bastado anos atrás, mas, hoje, acho que vamos ter que ficar com... completa babaca. Emma ficou boquiaberta. Mas a morena sensual não tinha terminado:- A propósito, aquele número de telefone que você queria? Aqui está, você pode querer anotar...0-800-não-vai-rolar. E, sem mais uma palavra, ela empurrou o peito dela, afastando-o de seu caminho, e então saiu pela porta.
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A flor da pele
FanfictionExiste limite para sensualidade? Regina Mills leva uma vida dupla. De dia ela trabalha na confeitaria de sua família. De noite, se transforma em Rosa Escarlate, a dançarina exótica mais sensual de Chicago, uma sereia que deixa os homens enlouquecido...