CURIOSA.Certa vez, Emma pensara que fazer um sexo absolutamente enlouquecedor com uma mulher a tornaria mais amigável. Pelo menos mais acessível.
Não. Hum-hum. Não Regina Mills. Porque minutos depois do incrível momento de amor nos fundos da van de entrega, ela estava sendo fria com a loira outra vez, tentando agir como se nada tivesse mudado entre elas. Depois de um sexo daqueles, Emma meio que esperava ser convidada a entrar para beber uma xícara de café... se não uma sobremesa. Ah, Emma Swan nunca mais iria olhar para uma bomba folheada de creme do mesmo jeito outra vez. Mas Regina não a convidara para entrar. Não respondera quando perguntada se ela queria comer em algum lugar. E, nos dias que se seguiram, não retornara os telefonemas de Emma. Nem mesmo o olhara nos olhos nos últimos dias.
A mulher a estava matando, realmente estava. Quando Swan finalmente a confrontou na calçada em frente à confeitaria na tarde de sexta-feira, ela eclodiu:- Foi coisa de uma noite só, Emma. Foi fabuloso, eu adorei, mas não vai acontecer de novo. Porque, se acontecer, aí você vai me perturbar mais para que eu vá comer uma pizza com você, ou visitar sua família, e então a vizinhança inteira vai ficar parabenizando a coitadinha da Regina por finalmente ter fisgado sua paixonite da adolescência. Ela entrou sem dizer mais uma palavra. Não precisava fazê-lo. Emma entendeu o recado em alto e bom som. Ela havia adorado o sexo, só não queria toda a coisa que vinha junto com o relacionamento sexual. Ou com qualquer relacionamento que fosse. Ainda pensou em propor que simplesmente agendasse um encontro semanal para o sexo na van estacionada atrás da loja, suspeitando que poderia tê-la naquelas condições caso a loira a quisesse.
Mas Swan não a queria naquelas condições.- Diabos, admita, você a quer em qualquer condição - murmurou em voz alta, enquanto entrava pela porta dos fundos do Swan's naquela tarde. Ela nem mesmo tinha percebido que havia alguém ali, até ver o irmão, Joe, que havia acabado de estacionar sua caminhonete em uma das vagas vazias do beco. Felizmente Joe não ouviu Emma conversando sozinha e não precisou ligar para o hospício.- Ei, ia sair? - perguntou Joe, enquanto saía do carro e colocava as chaves nos bolsos. - Eu iria levar você para tomarmos aquela cerveja que você me deve.- Não sou uma companhia muito boa agora - admitiu ela. Joe, que era o mais gentil de todos os filhos dos Swan, jogou o braço em torno dos ombros de Emma.- Então que hora melhor do que essa para dividir uma cerveja com seu irmão? Ele estava certo.- Tudo bem. Mas aqui não - disse a loira, olhando para a porta fechada da cozinha. - Eu realmente preciso de um lugar tranquilo. O sorriu de Joe desapareceu e ele imediatamente pareceu preocupado.- Está tudo bem? Algum problema?- Nenhum problema. Só uma overdose de família.- Saquei. Vamos lá, vamos para o outro lado da rua. Seguindo Joe até o bar da vizinhança, na esquina, Emma pediu duas cervejas e pagou a conta. Se Mark estivesse sentado diante dela, Emma sabia que ele estaria fazendo piadas curtas para incitar a irmã a contar o que tinha em mente. Jefferson estaria fazendo seu interrogatório de promotor. Graham iria chantageá-la com o peso de sua responsabilidade de irmão mais velho para tentar incitá-la a falar. Dottie iria tagarelar tanto que Emma iria dizer qualquer coisa para fazê-la calar a boca. Neal apenas ficou observando. Escutou. Aguardou.- Obrigada mais uma vez por me indicar àquele trabalho - disse Emma finalmente, preenchendo o silêncio. O bar estava bastante vazio; estava cedo demais para receber os frequentadores do fim desemana, que se dedicariam a uma longa noite de bebedeira e jogos de dardos.- Como está indo lá?- Muito bem. Só trabalhei nos últimos dois fins de semana, mas o dinheiro é bom.- Você ainda não contou ao restante da família? Emma balançou a cabeça.- Só para o David. Neal assentiu.- Provavelmente é melhor assim. Eu sei que Papà e Graham estão falando sem parar sobre você entrar nos negócios do restaurante. Sim, eles estavam em cima dela também. Emma não conseguiu evitar um franzir de testa intenso. Porque ela não se enxergava administrando uma pizzaria nos próximos seis meses, muito menos pelo restante de sua vida. - Tudo bem, Emma, ninguém pode obrigar você a fazer qualquer coisa que não queira.- A culpa vai longe - murmurou ela.- E eu não sei? Mas a culpa não impediu você de se alistar. E não me impediu de pegar um martelo e aprender construção. Não impediu David de empunhar uma arma ou Dottie de... bem, de fazer o que quer que ela esteja fazendo.- Como se casar com um sujeito que matou alguém? - perguntou Emma secamente, ainda desacostumada à ideia de seu novo cunhado, Simon, ter matado uma mulher, mesmo que em legítima defesa.- Não vamos falar disso - disse Neal, com um suspiro. - Ela está feliz e ele é louco por ela. Verdade. O casamento recente de Dottie e Simon havia contribuído para a taxa de felicidade conjugal de 95 por cento da família Swan.- O ponto é: você pode viver sua vida do jeito que quiser, e ninguém vai tentar impedir. -
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A flor da pele
FanfictionExiste limite para sensualidade? Regina Mills leva uma vida dupla. De dia ela trabalha na confeitaria de sua família. De noite, se transforma em Rosa Escarlate, a dançarina exótica mais sensual de Chicago, uma sereia que deixa os homens enlouquecido...