Seguro este poema,
De mente já gelada.
Viver sem dilema,
Assim, de alma magoada?
E a cada verso que leio,
Mais um sentimento morre.
De ti tudo me é alheio,
E nada mais que a escuridão me ocorre.
Então eu fecho os meus olhos...
O mundo do qual fugi,
Devia para sempre chorar.
Pois eu agora parti,
E nunca mais vou regressar.
E vai acabar tudo agora,
Eu vejo os vultos aproximar
Por mais que eu resista, implora
Hoje, tudo vai desabar.
Querem tirar de mim,
Tudo o que de mim faz parte.
Como as flores, dum jardim,
Que não podem viver aparte.
Mas de que me valem palavras,
Se cá dentro só dor consigo sentir?
Tantas e tantas mágoas,
E eu preso, sem poder agir.
Por isso eu estou a morrer,
Cá dentro, já nada vive.
Já nada posso fazer,
Acerca dos sonhos que nunca tive.
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Diário de um Poeta Morto
PoetryTenho 17 anos. Eu existo. Eu vagueio pelas ruas que pisas. Eu sinto o que lês nos poemas. Mas viver? Já não o sei fazer.