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1 ano atrás

- Eloá, vai logo - eu respirava pesado sem parar -

- calma Merida, estou indo mais rápido que eu posso - ela desce as escadas correndo com a bolsa -
.
- eu tô morrendo, senhor eu não aguento tanta dor - fecho os olhos com força -

- cheguei, cadê ela - Toni, o vizinho aparece -

- aquiiiii - digo e sinto mais uma contração -

- vamos logo com isso - Toni me pega no colo e sai da casa indo até o carro me colocando no banco de trás -

- espera eu - Eloá vem correndo e entra no banco da frente -

- qual hospital? - Toni da partida no carro -

- o primeiro que você ver que tenha maternidade - Eloá diz e eu concordo -

- ACELERA COM ISSO TONI - grito -

Horas depois

- vamos lá Merida, só mais um pouquinho - a médica falava pra mim -

Eu não tinha mais forças pra nada, mas eu não podia deixar meu filho morrer, mesmo sem saber se é menino ou menina, não posso desistir assim, ele ou ela tem que ter a vida, nem que eu deixe a minha pra isso acontecer.

- e-eu - tento falar e faço mais força - AAAAAA NÃO CONSIGO

- pronto, pronto - ouço a médica falar - me ajudem aqui

Vejo algumas enfermeiras virem até ela e ajudarem ela a tirar meu bebê, um choro toma conta do quarto e eu sorrio.

- nasceu mamãe - eu escutava a voz da médica distante -

- meu bebê - falei fraco, minha vista estava embaçada -

- é uma menina - a enfermeira coloca ela do meu lado -

- minha filha - foi a última coisa que eu disse antes de apagar -

AMAR | SHAWN MENDES (PARADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora