AMAR | SHAWN MENDES (PARADA)

17.

- mas o que diabos eu tenho que você não confia em mim? - ele passa a mão no cabelo com força.

- você ainda pergunta? - sorrio irônica - eu perdi total confiança em você 2 anos atrás quando você saiu pela porta da minha casa - respiro tentando ficar calma.

- eu já disse que eu me arrependo, eu era um adolescente bobo querendo fama e..

- .. você mesmo disse naquele dia na minha cara que nunca iria se arrepender - cruzo os braços.

- nada do que eu falei naquela época era verdade

- então quando você falava que me amava e todas as declarações, tudo aquilo era mentira?

- não não - ele vem até mim e segura minha mão - isso nunca, eu sempre te amei e ainda a..

- não, não venha mentir de novo - olho pra ele - Shawn, eu quero te dar a chance de ficar perto da Heloisa, porque ela está doida pra ter um amor de pai, mas esse amor tem que ser sincero

- eu sei disso, e a última coisa que eu quero fazer com ela..

- é o que você fez comigo - suspiro - eu acho bom isso não acontecer

- Merida, por favor - ele aperta minha mão.

- eu vou confiar minha filha à você, mas vai começar em 20% - solto minha mão da dele.

- eu vou fazer chega em 100%, mas vou fazer você confiar em mim também - ele diz confiante.

- vai ser difícil - dou de ombros - bem, amanhã vamos ao cartório para colocar seu sobrenome na certidão dela - me viro pra porta.

- fazer o-o que? - ele pergunta um pouco nervoso.

- o que foi? vai me dizer que tá com vergonha da sua filha? - me viro pra ele.

- não, não é isso, é que..

- já sei, não podem saber que você tem uma filha - sorrio irônica - tava bom demais pra ser verdade

- Merida..

- esquece tudo o que eu disse - abro a porta pra sair mas ele segura meu braço.

- eu só.. - ele vira a cabeça - droga, não posso fazer isso agora

- se você não pode fazer isso agora, não vai poder fazer nunca - tiro sua mão e vou embora.

Eu não acredito que eu gastei meu tempo vindo até aqui, eu sabia que tentar uma conversa pacífica com ele ia dar merda, nada relacionado a nós dois da certo, com exceção da minha menina, ela foi a melhor coisa que aquele idiota me deu.

Eu espero nunca mais ter que falar com ele e nem ter que voltar nessa porcaria dessa casa.

Vou andando um pouco rápido, além de querer chegar logo em casa, era de madrugada e as ruas estavam quase escuras se não fossem as poucas luzes nos postes iluminando alguns pontos.

Ouço passos atrás de mim e começo a andar mais rápido, eu não quero ser assaltada e nem estuprada, meu coração parecia que ia saltar pela boca e meu rosto devia estar mais braço que papel.

Quando estou prestes a correr sinto uma mão no meu ombro, arregalo os olhos e me viro vendo alguém que parecia ser um homem gordo com uma garrafa de bebida em mãos, e realmente era. Eu queria gritar mas nenhum som saia da minha boca.

- ei delícia - o homem fala cambaleando quase caindo - você pode me fazer companhia?

- não, não posso, preciso ir pra casa - falo rápido e ia me virar mas ele pega meu braço - me solta