Pai e Filha

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Então...Sou uma, Princesa. Como isso pode estar acontecendo?! Eu não posso acreditar! Mas quem poderia ser minha mãe?! Estou tão confusa...

-Pandora!- Diz o Rei vindo em direção a mim, logo após, um caloroso abraço.

Eu confesso que me senti um pouco desconfortável com esse abraço. Depois de tantos os rumores que ouvi falar sobre meu "Pai".

-Ah...Agora pode me explicar tudo?- Peço.

-Tudo o que filha?- Pergunta o Rei.

-Ah, você sabe! Já que você é meu pai, porque eu estava com outra família? Outro lar? Porque me mandou para lá pra vila?- Pergunto constantemente.

-Antes de lhe falar tudo, preciso lhe soltar.- O Rei retira as correntes de meus pulsos.

-Você não sabe, mas Clazu, aquela pobre senhora que lhe acolheu, é sua mãe.- Fala o Rei.

O-O que?!- Exclamo.- Não pode ser! Como isso?

-Calma... Eu vou lhe explicar tudo - Diz o Rei.- Há muito tempo enquanto viajava com meu pai e meu irmão, conheci uma mulher. Essa mulher trabalhava num Castelo, bem semelhante ao nosso, na área de culinária e artesanato. Aquela mulher trabalhava constantemente para sustentar a si mesma, eu percebia o cansaço em seus olhos. Só de olhar, me apaixonei. Não me importava se ela era pobre ou algo mais, e sim, me importava por dentro. Logo quando a vi, me apaixonei. Portanto, meu pai já havia resolvido todos os acordos com o outro Rei, e tivemos que ir embora.

-E depois? Como se conheceram?- Pergunto.

-Numa festa do mesmo Rei- Ele Diz.- Nessa festa, todos os reinos estavam convidados, principalmente o nosso que fica em Cifrine, o local mais próximo. Então, quando cheguei, logo me deparei com ela, me apresentei, fomos para um lugar afastado, e ficamos a festa inteira conversando. Após o término, ela me deu o seu endereço. Ah! Ficava tão destante de Cifrine, mas eu ia até sua casa, praticamente todos os dias.

-Mas... E o seu pai e seu irmão... O que eles pensavam e diziam.- Pergunto.

-Ah, o meu irmão, cujo nome é Eduard, tinha inveja de mim por ter conseguido, e isso acabou gerando um grande tumulto- Ele Diz.- Mas já o meu pai, ficava alegre por eu ter conseguido uma boa moça, trabalhadora e forte.

-E depois?- Pergunto curiosa.

-Depois? Ah, só começamos um namoro e após uns meses nos casamos- Ele diz.- O casamento foi lindo, pessoas de todos os reinos que eu conheço foram. É uma pena que minha mãe tenha sido morta antes dessa cerimônia, mas o meu pai estava presente.

-E o seu irmão,Eduard?- Pergunto.

- Não estava presente...- Diz o Rei cabisbaixo.- Eu realmente queria que meu irmão fosse celebrar esse momento comigo, mas ele sempre me odiou, mesmo antes de conhecer sua mãe.

-Mesmo?- Falo.

-Sim, ele não queria, sob nenhuma hipótese, ter um irmão caçula- O Rei diz enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.- Ele sempre tentava me matar, durante o sono, com venenos, me sufocando, dentre outras. Até o dia que meua pais tomaram uma  providência. Meu pai me elegeu como um futuro Rei, que agora eu realmente sou. Revoltado com essa situação, Eduard matou minha mãe durante o sono esfaqueada. Ele furou seu coração, e ela morreu instantaneamente. Foi uma enorme dor para todo o Reino. Meu pai, reuniu todas as suas forças, e expulsou Eduard da família real. Embora ele tenha feito isso, ainda era seu filho, e o amava. Eduard jurou vingança para o Reino e principalmente para mim.

Naquele momento caiam lágrimas sobre a face de meu pai, logo que percebi isso, o abracei forte. Tentando o consolar, foi muito ruim ver meu pai assim, embora tudo o que me disseram ele ter feito.

-E depois?- Pergunto.

-Depois sua mãe ficou grávida, na hora do parto, sua mãe perdeu o bebê. - Ele diz.- Porém logo após, ficou grávida novamente, o nascimento foi tão lindo! Nasceu uma menina tão linda, cujo nome demos de Pandora. Essa menina nasceu com poderes, ela tinha uma certa sintonia com a natureza...

E-Eu?! Poderes? Então o que Clazu disse era verdade...- Sussurro.

-Mas, como se separaram?- Pergunto.

-Clazurot estava ficando velha, fraca e cansado a partir que o tempo passava- Ele diz.- Ela não queria perder sua juventude, dizia que queria ficar saudável e de bem estar para sempre. E ela cismava que só bastava sua presença por perto dela e ela estaria jovem para sempre.

-Eu tentava a convencer que isso não é verdade, que está enganada.- Ele fala.- Porém, obssecada por isso, lhe pegou pelos braços e fugiu. Eu mandei uma tropa procurando por você. Eles acharam ela, e te entregaram para um amigo de muita confiança, é prometeram cuidar de ti, até o dia que estivesse crescida.

-Uau...- Digo surpresa.

-Portanto, Clazurot descobriu o plano, e armou uma estratégia para conseguir ter você novamente- Ele diz.- Ela conseguiu forjar um ataque a vila, destruindo tudo, mandou matar todos de lá. Alguns ainda conseguiram fugir, mas outros foram mortos. Ela lhe fez cair perto da casa dela, e mentiu sobre tudo fazendo você ficar do "lado" dela. Por isso eu lhe procurei, pois fiquei sabendo da ataque, e queria saber se minha filha estava bem.

Nossa!- Digo pasma. Obrigada por me dizer a verdade! Agora tenho certeza, e estou livre para lhe chamar de Pai.

Agora vamos voltar para casa, lá você estará segura- Ele diz me levando a caminho do Reino.

Então, eu, meu pai e os soldados, voltamos para o Reino. Meu pai me deu uma coroa e me nomeou como princesa. Eu estava muito feliz, e realmente me senti segura. Graças ao meu pai...

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