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O tempo foi passando cada mais rápido do que eu havia desejado.

Seus 14 e meus 15 anos, logo se tornaram 15 e 16. 

E já não era tão simples apenas sair e brincar, ou até mesmo para passar o tempo em um dos bancos do pátio, que agora havia se tornado um lugar solitário desde que paramos de frequenta-lo. 

Luhan parecia ter amadurecido um pouco, coisa que eu acreditava que jamás aconteceria, na verdade eu havia me acostumado com o seu sorriso de criança e, claro, eu gostava de suas atitudes infantis e sua despreocupação diante de qualquer problema. 

Ele continuou a bater em minha porta, embora não para brincarmos, mas para conversar ou simplesmente para permanecer em silêncio, observando os pássaros voarem. 

Ele também me ligava assim que superava um de seus antigos records com o cubo e queria mostrar-me o mesmo. 

Vontade não me faltava para dizer que sim. 

Mas eu já não era uma criança. Havia amadurecido, tinha mais responsabilidades e menos tempo para coisas "sem importância", como brincar com Luhan. 

Brincar com Luhan. 

Quem teria acreditado, que apesar de cair-me tão mal quando crianças, acabaríamos tão apegados um com o outro depois de um tempo, como se nos conhecêssemos por toda a vida.

E foi assim que acabamos. 

Eu poderia considerá-lo meu melhor amigo, e eu sabia que ele pensava o mesmo de mim. 

Embora muitas vezes desejei que ele fosse algo a mais do que o meu melhor amigo. 

Mas aquilo era impossível.

Que outra coisa além de melhor amigo poderia haver?

Não havia um "super amigo" ou um "melhor dos melhores amigos"... ao menos não que eu soubesse. 

Qual era a seguinte categoria depois de "melhor amigo"? 

Curiosamente, com 16 anos de idade, eu não tinha ideia.

el único; xiuhanOnde histórias criam vida. Descubra agora