Desabafo em um monólogo

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Tem sido muito difícil recomeçar.

Não tenho demonstrado, mas ando perdendo muito.

De uns tempos pra cá, perdi amigos, perdi a vontade de falar, de querer, de tentar e até mesmo de escrever. Há quase uma semana que não escrevo nada, nem mentalmente. Porque escritor tem essa mania de fazer o cérebro de papel.

Se eu já procurei ajuda? Sim. Tenho alguns supostos amigos... Confesso que ando cego demais para saber se são amizades verdadeiras. Eu falo com receio, com pouco afeto. Falo por falar, visto que nada faz diferença como antes.

Então, como eu estava dizendo... Eu tentei melhorar as coisas falando isso para quem eu tive a oportunidade de dizer. “Isso passa”, eles disseram... Há três anos, ouço isso repetitivamente. Outros, nem se dão o respeito de ouvir... Simplesmente empinam o nariz e mudam de assunto...

Sei de mim uma coisa que é muito certa: eu não desejo o fracasso de se sentir sozinho e depressivo para ninguém, nem para os meus piores inimigos. Eu realmente ando doendo muito. Estou fraco, sugado, arrastando-me, tentando continuar, mas pouco consigo, ou quase nada. Vivo sendo exigido... Exigências? Ah, estas precisam adquirir o primeiro lugar! Eu sempre fico por último nas listas.

Pessoas me chamam de nerd, mas não sabem que estudar é o único afazer que encontro um pouco de fuga. Estudar... Isso não dá prazer, mas faz a gente se dispersar no conhecimento. Pena que inteligência não é tudo e só serve para se transformar em números, classificações e rebaixamento de pessoas que possuem qualquer tipo de dificuldade de aprender.

Por fim, vou repetir: tem sido difícil demais... Acredite se quiser, mas todos aqueles sorrisos que eu dei desde 2013 para cá, foram sorrisos dolorosos que nunca quiseram escapar para fora de modo espontâneo...

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