Assim como o verbo ir, quis ir andando e fui.
Sem direção e sem conjugação.
Tentei ser presente, mas minha natureza era de passados imperfeitos e futuros feitos.
Não havia presente. Meu infinitivo não me dava possibilidade para tal conjugação, mas então, conheci um coração que estava indo em um gerúndio interessantemente peculiar.
Quis parar e olhar para aquele andar ritmado com gingados dotados que se faziam nevar em momentos que pediam para ficar.
E ficou.
Ficou marcado nos traços de minha alma que as coisas não precisavam ir sem antes deixar estar.
Foi então que percebi:
O presente do verbo ir é ficar.
Ficar ao teu lado e ser universo infinito pronto para amar.
E no imperativo dessa ação quero ficar indicativo em minha mais pura certeza de que é você o meu mar.
Caminhemos por isso.
Você foi
Eu fui
Nos encontramos no caminho e deu nisso.
Hoje somos o presente de ficar nessa conjugação
Me dê tua mão.
Fique.
Não precisa preocupar com o que virá amanhã.
Agora que sou presente
Quero desfrutar o prazer de me doar.
De me desembrulhar sem medo de me rasgar por inteiro.
Venha comigo ficar.
Meu ir agora ganhou paradeiro em seu novo endereço.
Bato em sua porta.
Sem medo.
Deixe-me entrar.
Fiquemos na sala de estar
Apenas estando, ficando
Sem pressa de se e nos conjugar
Pois sabemos que o presente do verbo ir
Meu bem,
sempre será ficar.
(By Diego Mendes)
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Para todos os nossos sempres
PoesíaQue todos os Para Sempre, sejam bons enquanto durar.