Você pode ser a pessoa mais rica do mundo, mas como é sua alma? Você pode voar o mais alto que puder, mas sabe admirar a paisagem? Você deseja chegar ao topo, mas o que você faz para alcança-lo? Você passa uma vida inteira sobrevivendo, mas realment...
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Minhas pernas estão cansadas, mas eu continuo andando Minhas mãos estão sensíveis e quebradas, mas eu continuo apertando Meu coração está gasto, mas eu continuo amando Meu copo está vazio, mas eu continuo me servindo
Justin Bieber - Ponto de Vista.
- Por favor... - a morena sussurra antes que eu abra a porta da minha casa. - Isso não é certo, eu não quero causar problemas - murmura entrelaçando suas mãos e observando-as.
Durante todo o caminho até a minha casa, ela murmurava que eu não estava bem da cabeça e que se eu fosse inteligente o suficiente, esqueceria que a conheci e faria como todos, ignorava sua existência. Mas o que ela não sabia é que eu não costumava ser como os outros. Eu sou assim, não há nada que me faria deixa-la na rua, quando eu sei que posso ajuda-la.
Eu estava sendo precipitado? Talvez. Coloca-la debaixo do meu teto sem saber nada sobre sua vida poderia estar sendo uma jogada arriscada. Rich soltará os cachorros em cima de mim quando souber disso, mas eu não posso mudar quem eu sou.
- Você não vai me causar problemas! - minto descaradamente para ela. - Eu quero ajudar você, e eu vou.
Ela poderia espernear o quanto quisesse. Porém, mesmo que ela se recuse a aceitar minha ajuda, eu o faria mesmo assim. Eu abri a porta de casa e dei espaço para que ela entrasse. Não tinha conhecimento de seu nome ainda, mas era algo que eu viria a descobrir.
- Fique à vontade - peço entrando e fechando a porta em seguida. Jogo minha mochila em um canto da sala observando-a parada, como se estudasse o que deveria fazer.
Ela me olha perdida e no meu interior sinto como ela está vulnerável. Quero de alguma maneira poder conforta-la.
- Por favor... - seus olhos me olham suplicantes. - Não é certo isso... - nega. - Você não me conhece, não me deve nada.
- Quem disse que isso não é certo? - ergo minha sobrancelha em confusão. - Eu não estou fazendo isso por obrigação nenhuma - trato de dizer. - Se eu posso ajuda-la, porque ignoraria isso?
- Porque você não me conhece! - bate o pé no chão como se fosse uma criança petulante. Isso me faz desejar rir, mas seguro ao máximo. - Por que você está fazendo isso? Eu não posso te dar nada em troca.
- Por que eu iria querer algo em troca? - questiono. - Eu pedi algo você até agora?
- Todos querem algo em troca... - seu tom de voz agora é baixo. - E quando conseguem o que querem, eles simplesmente se vão.
Pela sua maneira de dizer tais palavras, sinto que há muito mais por trás dela, mas talvez seja cedo demais para faze-la confiar em mim e compartilhar seus pensamentos. Eu me aproximo cuidadosamente dela, que não percebe, pois tem seus olhos voltados para o chão. Institivamente, levanto seu queixo fazendo-a me encarar. Seus olhos são penetrantes e me olham surpresos, porém ao mesmo tempo, curiosos.
