Capítulo 6. Ela desapareceu

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Então nós desmoronamos e partimos o coração um do outro
Se quisermos viver um amor jovem, melhor começarmos hoje

Justin Bieber — Ponto de Vista.

Eu estou ansioso, inquieto. Tudo o que eu desejo é que esse dia passe o mais rápido possível para que eu possa chegar em casa e encontrar Kasie. Quero saber como ela está, se está se sentindo confortável com Caroline e se irão se dar bem. Gostaria muito que Caroline me enviasse ao menos uma mensagem para informar como está progredindo a manhã delas. Hoje eu teria treino, o que me faria chegar ainda mais tarde e isso estava me corroendo por dentro.

— Justin? — Chaz chama minha atenção. Estamos sentados na arquibancada enquanto alguns alunos jogam vôlei e Ryan e Chris se entretém jogando pingue-pongue.

— Sim? — tento tirar Kasie de meus pensamentos por alguns instantes, encarando Chaz.

— Eu posso te perguntar uma coisa? — ele parece nervoso. — Quer dizer, queria sua opinião, hipoteticamente sobre algo.

— Hipoteticamente? — repito curioso. — Tudo bem!

Ele parece soltar o ar suspirando pausadamente. Seu olhar então vai para um ponto fixo, e ao segui-lo, observo quando ele foca em Lindy e depois em Ryan. Isso me faz suspeitar, e já imagino o assunto que ele hipoteticamente, deseja falar.

— O que você faria se gostasse de alguém, mas sabe que estar com ela magoaria uma pessoa que você não quer ferir? — questiona. — Hipoteticamente, é claro — me olha ansioso por uma resposta.

 Eu penso em sua pergunta, buscando imaginar a situação e onde isso poderia levar.

— Hipoteticamente — começo. — Eu acho que é importante levar em conta os sentimentos de todo mundo, Chaz — respondo sincero. — Mas as vezes, não podemos ser responsáveis pelos sentimentos dos outros, entende? — digo levando em conta tudo o que eu descobri sobre isso. — Você precisa ser sincero não só com eles, mas com si mesmo também — opino. — É um fardo pesado demais para carregar, ainda mais tão cedo.

— Eu sei... — ele suspira olhando para os próprios pés, mas parece perceber algo, então arruma sua postura. — Quer dizer, hipoteticamente.

Eu mordo os lábios apreensivos sobre as próximas palavras que desejo falar. Chaz é um dos meus melhores amigos, e obviamente, eu deveria tentar ajuda-lo ao perceber que ele precisa de ajuda. Mas se minhas suspeitas estiverem certas, então não adianta o quanto eu tente aconselha-lo, a iniciativa para buscar mudar o que está acontecendo ao seu redor só pode e precisa partir dele.

— Chaz... — engulo um seco procurando as palavras. — Você sabe — olho ao redor me certificando de que ninguém esteja perto o suficiente. — Você pode confiar em mim, certo? — me certifico. — Assim como nos outros garotos também, somos parceiros. Um por todos, tudo bem?

— Eu sei, Justin! — ele dá um tapinha no meu ombro sorrindo fraco. — Está tudo bem, não se preocupe.

— Chaz... — falo apreensivo. Preocupado de que ele esteja escondendo algo que realmente o incomode.

— Ei, os dois! — o treinador Smith para em nossa frente com os braços cruzados. — Os dois irão fofocar muito tempo ou vão arranjar algo para fazer? — quando não respondemos, ele apenas revira os olhos. — Vão jogar, agora! — grita nos assustando. No mesmo instante, levantamos e seguimos para o meio da quadra, entrando em um time de vôlei.

Simon está se preparando para sacar a bola, e no mesmo momento, Chaz está se virando para trás, querendo saber quem será o próximo a sacar quando Simon erra, acertando uma bolada no nariz de Chaz.

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