[Play: Gabrielle Aplin - Home]
Branco. Esta foi a ultima imagem que Camila visualizou naquele dia e a primeira que esta visualizando agora. As luzes fortes que batiam em seu rosto incomodavam o abrir de suas pálpebras. Mas também haviam outros sinais que a incomodavam.
Como o forte cheiro formol, remédios e de desinfetante. Ou o soar do "bip, bip, bip" que estava ao seu lado irritantemente. Ou até mesmo o peso que sentia em seu braço direito, e que não entendia o porquê dele estar ali.
Tudo isto só acarretava nas frequentes perguntas que se passavam em sua cabeça desde que tomou consciência ao tentar abrir seus olhos.
A movimentação em cima de seu braço direito foi o que lhe chamou a atenção outra vez, e a impediu de apagar novamente.
- Camila ? – a doce voz soou próxima a ela, e podia jurar que reconhecia esta voz.
Camila queria falar, queria reproduzir algo, mas a constate inquietação de seu coração e a falta de raciocínio de seu cérebro impedia que tal fizesse qualquer ruído que seja. Então o máximo que pode fazer, foi um pequeno movimentar de seu dedo indicador e uma nova tentativa falha de abrir os olhos.
- Vou chamar o Doutor. – disse a doce voz já embargada e Camila agradeceu aos céus por isto.
Ela queria ser retirada desta escuridão em que ela esteve e que parecia não ter fim. Não entendia muito bem onde estava e o que estava fazendo em tal lugar. Tudo o que ela sabe, é que não se sentia bem nele. Não sabia se era um tipo de céu ou inferno ou quem sabe até um purgatório. Tudo o que sabia era que para aquele lugar não voltaria.
O soar de uma porta e passos se aproximando, foi o que tirou sua atenção de seus pensamentos.
- Camila, você pode me ouvir ? – Agora uma voz grave, masculina e bem mais forte do que a primeira que soou. Ela tentou mais uma vez abrir seus olhos, mas desta vez obtendo um grande sucesso.
- Olá Camila. Como se sente ? – Perguntou a voz masculina outra vez.
- Onde estou? – Disse quase inaudível, e não reconhecendo a própria voz já que estava mais grave e rouca do que se lembrará.
- É normal que se sinta confusa, e é por isto que estou aqui. Para lhe ajudar a entender tudo o que esta acontecendo. – o Doutor disse de forma suave, para que Camila entendesse que ele realmente só gostaria de ajudar.
- Eu estou em um hospital? – Camila perguntou com muito esforço e um pouco de dificuldade.
- Qual é a ultima coisa da qual você se lembra? – Respondeu ele com outra pergunta a Camila.
- Eu não sei. Está confuso. – ela fez movimento para que levantasse a mão esquerda para apontar a sua cabeça, mas o Doutor acabou impedindo-a.
- Não se preocupe, é normal que se sinta assim. Tente não se esforçar tanto para se lembrar, as lembranças virão naturalmente. Eu me chamo Dr. Charles, e respondendo sua pergunta sim, você esta no hospital. – O Dr. disse de forma calma e passível. - Senhora Cabello, gostaria de pedir que, por favor, se retire para que possamos fazer alguns exames na Camila e checar se esta tudo bem.
Foi então que Camila percebeu a mulher mais velha ao seu lado, e se emocionando logo em seguida sem entender muito bem tudo o que estava ocorrendo.
- Mãe..
- Hija, esta tudo bem. O Dr. Charles irá lhe ajudar. – A senhora se abaixou e direcionou seu olhar para os olhos de sua filha, tentando passar a ela o quanto estava feliz pro finalmente sua filha ter despertado, e por estar bem.
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Reverie
FanfictionPara Camila, estar com Lauren era o mesmo que sonhar. Um sonho acordada, que jamais queria que terminasse.