Ele está no meio de nós

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“...você está com a minha mulher, né, seu desgraçado...!”

 […] São exatamente 2h50...

...Deroiam acorda espantado com o pesadelo que teve, mas Vanessa continua a dormir em um sono pesado... Sentou-se na beirada da cama com aquela dor de cabeça insuportável; ressaca e o enjoo fez com que Deroiam se levantasse rapidamente e dirigisse ao banheiro da suíte. Ele lava a sua face e sua cabeça na pia linda de cor creme... após o curto “banho de gato” na pia, ele permanece diante ao espelho do armário encarando a si mesmo durante alguns segundos... em seguida, seu olhar é desviado para uma calça social masculino que estava pendurada sobre o boxe de banho. Ele se vira intrigado, vai caminhando lentamente até o boxe, puxa a calça e ver cair uma carteira no chão. É do marido dela. “Que estranho”, ele pensou naquela hora, “seu marido jamais iria sair da cidade sem a sua carteira pessoal”, continuava ele a pensar...

Deroiam sai do banheiro sem fazer barulhos e ver Vanessa, ainda sobre a cama, dormindo feito uma gatinha mimada... Com passos lentos, Deroiam vai descendo as escadas e vai até a cozinha... Pega uma garrafa com água na geladeira e toma água no gargalo da garrafa... Deroiam descansa a garrafa sobre a mesa e logo ver umas marcas de pegadas feitas de barros na entrada dos fundos... “Que merda!”, mais pensamentos de curiosidade e medo... Deroiam observa tudo na cozinha e vai até a sala e ver que não tem nada bagunçado e nada mexido nos cômodos. Deroiam volta para a cozinha, abre a porta dos fundos bem devagar e vai caminhando pelo o quintal na sutileza à procura de alguma coisa por lá... Ele está muito nervoso... vai caminhando até a piscina e ver duas latinhas de cerveja sobre uma mesa de vidro próximo a piscina: “Que estranho”, diz ele sussurrando de espanto, “me parece que Vanessa teve visitas antes de mim!”, concluiu o sussurro próximo a mesa.

Ele se aprofunda mais no extenso terreno: o muro é imenso e há arames farpados em volta sobre ele. Há apenas as luzes dos pequenos portes de iluminação do quintal, a luz não é tão forte, deixando o terreno quase escuro.

Deroiam vai se aproximando de um pequeno bosque, onde há algumas pequenas árvores e capins, e ver um pequeno monte de terra, como se fosse uma cova fechada. Deroiam se aproxima mais do monte; está mais escuro nesse lugar: “Parece que alguma coisa foi enterrada aqui”, diz ele com a sua voz mais baixa que o suave som do vento que passa em seus ouvidos, “Tenho que sair daqui o mais rápido possível”, finaliza ele e sai correndo em desespero do quintal...

...Deroiam entra na casa novamente com todo o cuidado, sobe as escadas, entra no quarto da Vanessa e observa que ela ainda está dormi como uma princesa... Ele pega suas roupas e sai do quarto lentamente... Se arruma lá na sala e, ao sair da casa completamente, Dero ficou intrigado ao abrir a porta da frente: “Me lembro que Vanessa a trancou!”. Dero fechou a porta, saiu pelo o portão e foi embora para a sua casa atordoado...

***

Deroiam toma um banho mais que demorado com as últimas cenas daquela casa da frente em seu pensamento. A água cai sobre a sua cabeça e seus longos cabelos se banham com aquela água fria da madrugada. Suas mãos lhe apoiam na parede de cerâmica cor verde enquanto seu corpo e resfriado pelo o chuveiro. E as filmagens? Minhas digitais? Meu esperma sobre a cama dela? Deroiam se faz muitas perguntas como se auto interrogasse em um tribunal mental. Aqueles pensamentos que não queriam mais adormecerem em sua cabeça vão te torturando como um único culpado. Será que a Vanessa matou seu marido e estávamos festejando? Seus pensamentos não se calam... ...ou seu marido matou alguém que estava lá com ela? Deroiam ergue a sua cabeça e a água do chuveiro banha a sua face deprimida e suas lágrimas se misturam com a fria água gelada do seu banho de torturas...

DesconhecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora