Vany & Vanessa

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VANESSA

UM ANO ANTES

...Eu fugi de casa quando tinha apenas 17 anos de idade. Eu já estava cansada dos abusos da minha família: tudo era eu! Me amiguei com o primeiro cara que encontrei; um amigo da família da minha melhor amiga, a Carlinha, só para ter um lar e uma família. Seu nome era David. Ele era um cara que tinha muita grana e um ótimo emprego, então, tinha que ser ele... Ou não! Ele era chefe de uma empresa de petróleo em nossa cidade Monte da Serra. A nossa casa era uma das mais lindas da rua Rellmer. Éramos um casal muito feliz, ele me dava de tudo, fazia todos os meus gostos, mas, com o passar dos meses, ele começou a me tratar como uma escrava em nossa própria casa. Às vezes, eu apanhava dele e ele me deixava no porão sem nada para comer. Nesses momentos eu sentia muita falta da minha mãe, mas eu não queria gritar por clemência. Eu fui resistindo tudo que ele fazia comigo só pelo o lar, o conforto e a “família”.

Um certo dia, aconteceu uma coisa maravilhosa em minha vida. Eu percebi que havia um vizinho que morava bem de frente com a nossa casa. Ele era lindo, charmoso, tinha um ótimo trabalho e era solteiro. Ah, se eu pudesse ter lhe encontrado antes Minha cabeça sempre me falava isso quando eu o via em sua varanda bebendo sua garrafa de whisky. Eu tomava muito cuidado para que o meu marido não me pegasse encarando aquele lindo homem na varanda.

Foi em um sábado que tudo aconteceu...

Meu marido falou que iria viajar para outra cidade a trabalho. Mentiroso! Eu já sabia que ele tinha uma amante, e eu já sabia até quem era a desgraçada. Era a Carlinha, a que dizia “minha melhor amiga”. Eu descobri quando ele chegou em casa morto de bêbado, transou comigo e chamou pelo o nome dela em meus ouvidos enquanto gozava. Eu não falei nada para ele no outro dia... Mas eu resolvi me vingar desse idiota machista!

No dia da sua viagem, ele me deixa trancada em casa, mas eu já tinha feito uma cópia da chave antes que ele pensasse duas vezes: “Eu já vou minha boneca linda!”, dizia ele com aquela frase nojenta que saía da sua boca imunda.

Ele saiu de casa trancando tudo e me deixou trancada no porão. O idiota pensou que eu estaria lá até a sua volta. Eu esperei pelo menos um bom tempo naquele porão que fedia a cachaça e mofo; jogada no chão enquanto premeditava o que eu iria fazer: Meu ponto maior era transar com meu vizinho da frente, mas o irmão da minha “melhor amiga” já estava no papo; o meu vizinho vai ser mais que especial.

Saí do porão por volta das 16h00. Estava tudo calmo em casa, certamente o meu marido não estava mais em casa... Eu fui a sua casinha de ferramentas e peguei uma pá e comecei a cavar uma cova em um bosque que havia atrás do nosso quintal. Não cavei tão fundo, pois, sou uma mocinha e não tive tanta energia para fazer uma cova tão funda. Minha intenção era mata-lo e deixa-lo apodrecer em nosso quintal...

(...)

Voltei para dentro de casa, tomei meu banho, troquei de roupas e queimei as que eu tinha usado para cavar a cova... Vesti uma camisa preta de estampa amarela e fiquei apenas de calcinha rosa por baixo. Fiquei descalça mesma, minha casa é toda no carpete... Peguei o meu celular, fui para o quintal e mandei mensagens para o Carlos: “Oi, Carlos! Pode vir! Bate no portão de trás quando chegar.”

Quando foi umas 17h22, me arrumei rapidamente: coloquei apenas uma calça lycra, um tênis e fui até o mercadinho comprar algo para beber. Quando saí de casa, adivinha? O meu vizinho charmoso estava na varanda me olhando. Não dei muita bola para ele, apenas segui caminho. Será que ele me olhou? Olhou para a minha bunda? Minha ansiedade mental foi me interrogando até a chegada no mercadinho. Era perto esse mercado, uns 66 metros de casa.

Andei pelo o corredor dos salgadinhos e comprei, dos chocolates e comprei, dos iogurtes e comprei, mas eu ainda não sabia o que comprar para beber... Não acredito! É o vizinho gostosão! Vou me aproximar dele Meus pensamentos assanhados sussurraram.

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⏰ Última atualização: Dec 15, 2017 ⏰

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