Camren G!P

Capítulo 3

Bem, claro que podia. Mas, com certeza, não deveria ser.

Quem quer q fosse, ela ouviu metade ds minha conversa, e isso mais do que bastava para me marcar como uma das maiores idiotas da nossa era. Ouvi o barulho da tampa da garrafa e o sibilo de uma cerveja sendo aberta, e então ela a estendeu para mim. A luz de dentro refletiu sobre a transpiração da garrafa, fazendo-a brilhar.

- Obrigada. -- Aproximei-me o suficiente para distingui- la na pouca luz, e apanhei a garrafa.

Puta merda. Era ela: Lauren jauregui.

O auge da minha vida oficialmente acontecia. Pois é, eu tive uma ou duas fotos do Stage Dive na parede do meu quarto quando era adolescente. Tudo bem, talvez fossem três. Ou doze. Tanto faz. A questão era que havia um pôster do grupo todo. Pelo menos o fotógrafo deve ter pensado que a foto era de todo o grupo.  Machine estava bem na frente, o rosto contorcido gritando ao microfone. Á sua direita, meio escondido em sombras e fumaça, estava Troy, tocando sua guitarra. E á esquerda, na frente do palco, estava Ben tocando o baixo.

Mas eles nao eram importantes. Na verdade. Porque atrás de todos eles, lá estava ela iluminada pelas luzes em meio à bateria. So de Top e pingando de suor, a foto a capturou no meio de uma batida. O braço direito cruzava o peito, a sua concentração no alvo, o prato que ela estava preste a acertar. A esmagar.

Ela tocava com abandono e se parecia com uma deusa.

Quantas vezes, após um dia cuidando de mamãe e da minha irmã, trabalhando duro e fazendo o que era certo e responsável, fiquei deitada na cama olhando para aquela foto? E agora la estava ela.

Nossos dedos de tocaram da maneira inevitável numa interação daquele tipo. Não. Havia como ela não. Ter percebido o tremor dos meus. Graças a Deus, ela nao teceu nenhum comentário. Voltei correndo para o meu canto, apoiando-me com casualidade e com a cerveja na mão. Pessoas descontraídas se recostavam. Pareciam relaxadas.

Ela riu com suavidade, me informando que eu não estava enganando ninguém. Depois se sentou mais para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos. Seu rosto ficou totalmente iluminado, e eu me vi cativada. Minha mente de esvaziou.

Não havia mais dúvidas. Definitivamente, com toda certeza era ela.

A mulher tinha lábios de arrasar, sem brincadeira. Ossos salientes na face. Nunca entendi o apelo de uma coisa dessas. Agora sim, eu entendia. Mas era ela como um todo que subia à minha cabeça. As partes nada significava sem o brilho divertido em seu olhar e aquele vislumbre de um sorriso torto. Deus, eu odiava pessoas com sorriso afetados, mas, aparentemente, eu também desejava lambê-las por inteiro porque a minha boca começou a salivar.

- Sou Lauren -- ela disse.

- E-eu sei -- gaguejei.

O sorriso dela se acentuou.

- Eu sei que você sabe.

Puxa. Fiquei de boca calada.

- Parece que alguém teve um dia ruim.

Não, eu ainda não tinha nada a dizer. Um olhar fixo ers fixo era o melhor que eu conseguia fazer.

Por que ela estava ali fora no escuro? Segundo todas as matérias, ela era o espírito de qualquer festa. No entanto, lá estava ela, bebendo sozinha, escondendo-de como eu. Lentamente, ela de esticou, levantando-se da poltrona. Obrigada, Senhor. Ela voltaria para dentro, e eu ficaria livre. Não teria que tentar sustentar uma conversa. Felizmente, visto o meu repetino ataque de estupidez.

Só que ela não entrou.

Em vez disso, veio na minha direção,sua silhueta magra, porém, musculosa, movendo-se com uma gaciosidade descuidada. Ela devia der uns 6 cm mais alta do que eu. O bastante para intimidar, se esse fosse o seu propósito. Braços musculosos testavam as mangas da camiseta. Braços de baterista. No que de referia a partes de um corpo, eles pareciam bonitos, cobertos de tatuagens e ressaltados nos lugares certos. Aposto como senti-los também era gostoso.